A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou o Boletim Epidemiológico nesta quinta-feira (3), alertando a população para o crescimento de casos de arboviroses na Paraíba. Foram notificados 504 casos prováveis de dengue, 199 casos prováveis de chikungunya e outros 03 casos da doença aguda pelo vírus zika no mês de janeiro. A Secretaria chama a atenção ainda para os sintomas dos agravos que podem ser confundidos com os da covid-19 e reforça que todos precisam de notificação.
Para este segundo Boletim de 2022 já era esperado um aumento de casos de arboviroses em virtude do verão, que registra temperaturas mais elevadas e chuvas intermitentes, gerando um ambiente propício para o aparecimento de focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Mas de acordo com a técnica do Núcleo de Arboviroses da SES, Carla Jaciara, apesar do número elevado, ainda há pouca notificação de casos, sobretudo de chikungunya e zika.
“Houve uma decrescente grande nos casos de arboviroses, o que não quer dizer que não existam casos da doença, mas sim que eles podem não estar sendo notificados adequadamente. Muitos casos suspeitos de dengue podem estar camuflados com a semelhança clínica da covid-19, e como consequência disto, não estão sendo notificados no sistema de informação Sinan Online e Sinan Net de forma oportuna”, explica a técnica.
A técnica explica ainda que nos casos de suspeita de arboviroses, mais especificamente a dengue, precisam ser feitos exames complementares básicos e específicos para diagnóstico diferencial. “Reforçamos aos profissionais das unidades básicas de saúde que a população deve ser orientada sobre as medidas de prevenção, sinais e sintomas tanto das arboviroses quanto da covid-19, incluindo sinais de agravamento da doença”, ressalta.
Os sintomas mais comuns das arboviroses incluem fadiga, dor de cabeça persistente, dores articulares, dor por trás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo e febre. Já os da covid-19 podem incluir alguns dos mesmos sintomas, estando ou não atrelados a sintomas respiratórios como falta de ar, coriza e dor de garganta.
A SES orienta que, para evitar a proliferação dos focos do mosquito Aedes aegypti, a recomendação é não deixar água acumulada em pneus, calhas e vasos. Pelo menos uma vez por semana deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, e, em especial, lavar bem a caixa d’água e depois vedar.