Fevereiro, o mês do carnaval deste ano, chegou e prefeituras e governos estaduais estudam o que fazer com o feriado. O crescimento de casos de Covid-19 em todo o Brasil devido à variante Ômicron assustou os gestores, que avaliam que manter o feriado poderá estimular as pessoas a irem às ruas.
Na Paraíba, por exemplo, o Hospital de Clínicas, em Campina Grande, precisou reativar 80 leitos destinados exclusivamente ao tratamento de pacientes com a doença. Cenário bem diferente do que foi presenciado no último mês de dezembro, quando o hospital zerou a ocupação de leitos covid.
Ao ClickPB, o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão da Paraíba, Gilmar Martins, informou que até o dia 15 de fevereiro, quando os efeitos do último decreto terminarem, o governador João Azevêdo terá tomado uma decisão sobre o assunto, mas adiantou que a tendência é pelo cancelamento ou suspensão do feriado de carnaval.
“Ainda neste mês, faremos uma nova avaliação do cenário. Mas, a preço de hoje, não seria adequado ou razoável ter tanto o feriado quanto as festas de carnaval. O governador vai se reunir com o Comitê de Crise e então será publicado um novo decreto, definindo essas duas situações fundamentais”, disse.
O secretário também citou a recomendação divulgada pelo Comitê Científico do Consórcio Nordeste nesta quinta-feira (3) pela suspensão do feriado de carnaval, incluindo proibição a festas e shows privados. Para ele, as atuais restrições de público estabelecidas no último decreto, com ocupação máxima de 50% e limite para até 5 mil pessoas como público, são efetivas para o controle da pandemia até a chegada do carnaval.