O Ministério Público Federal (MPF) deve elaborar uma ata com diretrizes para a realização de shows e eventos de massa na Paraíba no mês de fevereiro até o Carnaval, conforme reunião com representantes do segmentos de eventos e da Secretaria de Estado da Saúde, neste sábado (29).
Essas medidas devem estar em um novo decreto com medidas restritivas no estado, que deve ser publicado até a segunda-feira (31).
A reunião foi convocada devido à preocupação com o aumento no número de casos de Covid-19 nos últimos 15 dias na Paraíba, que levou ao incremento da procura por testes na rede pública e privada.
A preocupação é com o impacto das aglomerações diante do aumento dos casos de Covid-19 no estado, tendo em vista que já tem vários eventos particulares já agendados, principalmente na Grande João Pessoa.
A procuradora do MPF, Janaína Andrade, não deu detalhes dos termos que foram definidos na reunião, mas sinalizou que esses eventos devem ser liberados, mas com regras sanitárias mais rígidas, em comum acordo com os empresários.
Ela defendeu que o segmento não pode levar a culpa exclusiva pelo aumento de casos de Covid-19 na Paraíba. Disse que a responsabilidade é coletiva e relatou a situação exposta por empresários de que, mesmo com a cobrança do uso de máscaras, muitos participantes descumpriram o protocolo após entrar no evento.
“O setor de eventos mostrou-se sensível a fazer alterações na formatação dos shows que ocorreram no mês de janeiro. Após ouvir os dados da Vigilância Sanitária, da falta de compromisso do público com as regras sanitárias, o setor de eventos se colocou à disposição para contribuir e, ao mesmo tempo, possibilitar a realização de eventos”, explicou a procuradora.
Para Janaína Andrade, não é apenas a suspensão de shows que poderá levar à diminuição de casos de Covid-19 na Paraíba. “A contaminação pela Covid ocorre em qualquer atividade. Por isso, é importante o compromisso social de todos com a vacinação, o uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos. Não adianta buscar responsabilização de um setor quando a doença é de responsabilidade coletiva”, reiterou.