A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou nesta quinta-feira (13) a decisão do presidente Joe Biden de impor a vacinação contra a covid-19 nas empresas com mais de cem funcionários, o que representa um duro golpe nos esforços do líder democrata contra a pandemia.
Ao mesmo tempo, a máxima instância judicial americana validou a obrigação de vacinação para funcionários públicos de instituições sanitárias que dependam de fundos federais.
O tribunal agiu depois de ouvir argumentos na sexta-feira passada na luta legal sobre mandatos temporários emitidos em novembro por duas agências federais destinadas a aumentar as taxas de vacinação nos EUA e tornar os locais de trabalho e os ambientes de saúde mais seguros.
Em novembro, a Casa Branca anunciou que passaria a exigir das empresas com mais 100 funcionários que garantam a imunização de seus empregados nos Estados Unidos.
Os funcionários que não estivessem imunizados teriam de ser testados pelo menos uma vez por semana e também usar máscara no local de trabalho.
A medida visava atingir 84 milhões de trabalhadores, segundo a Casa Branca (o equivalente a 25% da população americana), e foi anunciada no dia em que o país ultrapassou as 750 mil mortes pelo vírus.
Os EUA são o país com mais mortes e casos de Covid-19 do mundo (844 mil e 63,2 milhões, respectivamente), à frente de Brasil (620 mil e 22,7 milhões) e Índia (485 mil e 36,3 milhões).
Apesar de os EUA terem liderado a vacinação contra a Covid-19 no mundo no começo, o governo Biden passou a encontrar dificuldades para convencer parte da população a se imunizar.
Isso fez com que a campanha de vacinação estagnasse e número de casos e mortes voltassem a disparar no país, principalmente nos estados com menor cobertura vacinal e entre americanos não imunizados — o que passou a ser chamado de “pandemia dos não vacinados”.
Atualmente, menos de 63% da população está completamente imunizada, contra mais de 68% no Brasil, por exemplo.