Estudantes de escolas públicas estaduais, adolescentes e mulheres de comunidades quilombolas e indígenas estão recebendo absorventes com distribuição gratuita pelo Programa de Dignidade Menstrual, executado pelo Governo do Estado. A entrega simbólica nas escolas públicas ocorreu nesta quinta-feira (30) nos bairros das Indústrias e em Mandacaru, em João Pessoa, com a inclusão do item de higiene na cesta básica de alimentos destinados para famílias em situação de vulnerabilidade.
Segundo a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, que está coordenando o programa junto com as Secretarias de Desenvolvimento Humano, Saúde, e Educação, mais de 35 mil estudantes de 9 a 15 anos terão acesso aos absorventes que já estão inseridos como item da cesta básica.
“Hoje estamos entregando simbolicamente para grupos de meninas e adolescentes das escolas Dom Maria Pires e Monsenhor Pedro Anísio para marcar a execução do processo do programa, que contempla também todas as mulheres e homens trans atendidas pelos serviços da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, como Programa Patrulha Maria da Penha, Centros de Referência, Espaços LGBTs, Ambulatório para Travestis e Transexuais e mulheres em cárcere”, afirma Lídia Moura.
Nos municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, os absorventes chegaram para mais de 500 pessoas que participam da Associação das Mulheres Guerreiras Indígenas Potiguara (ANGIP), Articulação das Mulheres Indígenas Potiguaras (AMIP), Organização dos Jovens Potiguaras (OGIP) e o Grupo de Jovens Îandé. Mulheres e meninas indígenas da etnia Tabajaras das aldeias Vitória, Gramame e Nova Conquista – Taquara, no município de Conde, foram atendidas na manhã desta quinta-feira.
Já no território quilombola de Paratibe, em João Pessoa, 210 mulheres e meninas já foram contempladas, além das comunidades quilombolas de Mituaçu, Ipiranga e Gurugí, com 1.050 mulheres e meninas atendidas.
Direitos – Tem direito ao Programa Estadual Dignidade Menstrual: adolescente, mulher em idade reprodutiva ou em processo de climatério e menopausa; homens trans. Os critérios são: ter renda de um salário mínimo por família e cadastro no Cadúnico; estar em situaçãode rua; estar inserida em programas sociais do governo federal ou estadual; ser estudante da rede de ensino público e ser de comunidades tradicionais e povos originários. Serão atendidas 789.014 mil pessoas – adolescentes, mulheres e homens trans – que terão direito aos absorventes e coletores menstruais com distribuição gratuita.
Direitos – O programa também prevê a promoção de ações para combater a desinformação sobre a menstruação e oferece a assistência integral com apoio psicológico, social, terapia hormonal, não hormonal e outros, a pessoas do sexo feminino que estão em processo de climatério e menopausa e a realização de campanhas anuais de conscientização, formação e sensibilização, sobre a dignidade menstrual, com palestras, capacitações, elaboração de cartilhas e mídias digitais, folhetos explicativos e outros, em parceria com órgãos públicos, privados e/ou sociedade civil.