A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Catolé do Rocha, deu cumprimento a dois mandados de prisão temporárias e três mandados de busca e apreensão em desfavor de várias pessoas suspeitas de fazer parte de uma associação criminosa investigada por vários crimes cometidos através das redes sociais, ocorridos na região de Catolé do Rocha.
Os mandados foram expedidos pela 3ª vara da comarca de Catolé do Rocha, após representação da Delegacia de Polícia Civil do município.
Uma mulher de 23 anos e um homem de 70 anos foram presos, após a Polícia Civil comprovar a participação dos mesmos em várias extorsões que vinham acontecendo na cidade de Catolé do Rocha, através do aplicativo WhatsApp.
As vítimas são, em sua maioria, comerciantes, empresários e prestadores de serviço da cidade de Catolé do Rocha, os quais mantinham perfil profissional na rede social Instagram, com as informações e número de contato de celular pessoal expostos ao público.
Segundo as investigações, o grupo criminoso coletava informações sobre as vítimas (telefone pessoal e fotos) através da Rede Social Instagram, e enviavam mensagens pelo aplicativo WhatsApp, onde, mediante graves ameaças, exigiam o pagamento de valores monetários.
Os valores exigidos pelo grupo criminoso variavam entre R$600,00 a R$ 3 mil por vítima, dependendo do perfil profissional e poder aquisitivo dela.
Várias pessoas registraram Boletim de Ocorrência na delegacia de Catolé do Rocha no último mês de novembro, onde informavam que recebiam as mensagens ameaçadoras, com imagens e vídeos de armas de fogo, além de fotografias tiradas do próprio estabelecimento comercial da vítima pelos criminosos.
Os criminosos, então, afirmando que conheciam os hábitos da vítima, passavam a exigir o pagamento de valores através de depósitos bancários, pix etc, para não ‘matá-las’.
Algumas vítimas, com receio das graves ameaças, acabaram efetuando o pagamento dos valores exigidos pelo grupo criminoso.
Durante as buscas, foram apreendidos os aparelhos celulares dos integrantes da associação criminosa, os quais serão encaminhados para a Polícia Científica, para exames periciais.
Cifra obscura
A Polícia Civil estima que mais de 100 vítimas do grupo criminoso na cidade de Catolé do Rocha não registraram Boletim de Ocorrência da Delegacia de Polícia, o que dificulta a responsabilização criminal dos integrantes da Associação Criminosa pelos delitos cometidos.
“Nós precisamos que a população confie no trabalho da Polícia Civil, e é extremamente importante que sempre que alguém for vítima de qualquer crime, inclusive os cometidos através das redes sociais, compareça na Delegacia de Polícia para registrar a ocorrência.” afirmou o delegado seccional de Catolé do Rocha.
As investigações continuam no intuito de identificar, localizar e capturar outros envolvidos nos crimes investigados.