Ao mesmo tempo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negocia uma possível chapa com o ex-governador Geraldo Alckmin (de saída do PSDB), os outros pré-candidatos à Presidência também buscam quem seria o vice ideal. No cálculo, entram questões como a estrutura partidária do parceiro de chapa, que pode garantir tempo de televisão e recursos do fundo eleitoral, e o apelo em determinadas regiões ou grupos em que o titular tenha dificuldade.
O presidente Jair Bolsonaro não deve repetir a chapa com Hamilton Mourão, mas cogita ter outro militar como vice. O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, é cotado, por ser alguém da confiança de Bolsonaro, como antecipou o blog da jornalista Andréia Sadi, no g1. Bolsonaro, no entanto, já tinha cogitado outros perfis para a sua chapa, como um evangélico, uma mulher ou, mais recentemente, alguém de Minas Gerais, por ser o segundo maior colégio eleitoral.
Na tentativa de expandir o eleitorado para o centro, Lula tem trocado acenos com Alckmin, que mantém conversas sobre o futuro partidário com PSB e PSD. Já no caso do ex-ministro Sergio Moro (Podemos), aliados defendem uma dobradinha com o União Brasil, partido que nascerá da fusão entre PSL e DEM. Fora da polarização, Ciro Gomes (PDT) ainda não pensa num nome para a vice, mas já tem algumas características em mente, como um companheiro de chapa que seja de São Paulo ou Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do país.