Em 2014, o cachorrinho Fulmine foi adotado por Sara Sechi e passou a conviver com Leonardo, o pai idoso da tutora. O peludo adorava Leonardo e seguia-o por toda a parte, o dia inteiro.
Os melhores amigos viviam juntos no interior da Itália e encontravam alegria e prazer na companhia um do outro. De acordo com a filha Sara, em entrevista ao site The Dodo, “eles eram muito afetuosos, estavam sempre se abraçando”.
Em fevereiro de 2021, depois de uma longa batalha contra uma doença, Leonardo faleceu. Enquanto o velho amigo estava no hospital, a família Sechi cuidou de Fulmine e tentou satisfazer as suas necessidades e vontades, mas o cachorrinho sentia uma falta imensa.
Cada carro que se aproximava da casa era motivo de excitação. Fulmine corria para o portão, esperando ver Leonardo chegar. Mesmo com meses de frustração, ele nunca deixou o hábito. Finalmente, Leonardo morreu.
A dedicação canina continuou. Fulmine nunca deixou de procurar o amigo. Ficou claro, para quem conhece o cachorro, que ele percebia a falta de Leonardo e não conseguia entender o que estava acontecendo.
As visitas ao túmulo
A vida em comum de Fulmine e Leonardo, depois de sete anos, chegou ao fim. O amor entre os dois, no entanto, continua vivo. Uma prova disso é que o cachorrinho visita o túmulo do tutor todos os dias e, para tanto, ele precisa caminhar três quilômetros.
Em fevereiro de 2021, depois de uma longa batalha contra uma doença, Leonardo faleceu. Enquanto o velho amigo estava no hospital, a família Sechi cuidou de Fulmine e tentou satisfazer as suas necessidades e vontades, mas o cachorrinho sentia uma falta imensa.
Cada carro que se aproximava da casa era motivo de excitação. Fulmine corria para o portão, esperando ver Leonardo chegar. Mesmo com meses de frustração, ele nunca deixou o hábito. Finalmente, Leonardo morreu.
A dedicação canina continuou. Fulmine nunca deixou de procurar o amigo. Ficou claro, para quem conhece o cachorro, que ele percebia a falta de Leonardo e não conseguia entender o que estava acontecendo.
Até que, certo dia, depois de muita agitação em casa, Fulmine escapou e seguiu Sara até o cemitério. Ele finalmente reencontrou o amigo, falecido com quase 79 anos. Isto aconteceu no dia seguinte ao funeral de Leonardo.
Sara e o filho haviam decidido ir ao cemitério para arrumar a sepultura e retirar as flores esmagadas durante o sepultamento. Sara Sechi também queria verificar a inscrição no túmulo, que ainda não havia sido colocada no dia anterior.
Quando a mulher e o filho chegaram ao túmulo, foram surpreendidos com a presença de Fulmine. De alguma maneira, ele havia sido antecipado aos parentes humanos e chegado à sepultura pouco antes.
O cachorrinho havia caminhado quase três quilômetros, depois de ter escalado o muro da casa. Ele provavelmente seguiu o carro de Sara, procurando rastros no caminho. Não se sabe exatamente como, mas Fulmine sabia que Leonardo, desaparecido durante algumas semanas, estava ali, no cemitério.
Sara disse que o encontro foi uma verdadeira surpresa. Fulmine não havia sido levado ao funeral e nunca tinha passado pelo cemitério. “Não tenho ideia de como ele foi parar ali”, disse a tutora. De um jeito ou de outro, Fulmine e Leonardo estavam reunidos – em espírito, talvez, mas novamente unidos.
O cachorrinho foi embarcado no carro e levado de volta para casa, mas alguma coisa o atraía ao cemitério. Vizinhos e funcionários relataram que ele foi visto indo e voltando para o túmulo diversas vezes. Ele percorria o caminho sozinho, todos os dias.
De que forma Fulmine descobriu onde encontrar Leonardo continua sendo um mistério para todos. A tutora diz: “Gosto de imaginar que ele é seguido pelo amor do meu pai, ou que meu próprio pai o leva até lá [o cemitério]. É uma dessas coisas estranhas, sem uma explicação plausível”.
Fulmine continua tristonho e passa longos períodos sozinho – isto é algo que ele terá de superar sozinho. Mas agora, por precaução, pelo menos ele é acompanhado pela tutora quando sai para visitar o amigo no túmulo.
Como diz William Shakespeare (através do personagem Hamlet): “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”. Fulmine é um exemplo de lealdade, dedicação e amizade, mas isto não explica como ele encontrou o túmulo de Leonardo.