O Governo da Paraíba investirá R$ 11 milhões no Radiotelescópio Bingo, projeto internacional que conta com a participação de cientistas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O anúncio foi feito pelo próprio governador João Azevedo, na última sexta-feira, dia 8, em solenidade na Reitoria da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande. “
O Bingo é um projeto internacional que conta com a participação de cientistas da UFCG, Universidade de Brasilia (UnB), Universidade de São Paulo (USP), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e de organismos internacionais da África do Sul, China, EUA, França, Portugal, Reino Unido, Suíça e Uruguai.
O equipamento será localizado no município de Aguiar, no sertão paraibano, no Vale do Piancó. A região foi escolhida por ser um espaço geograficamente adequado e livre de poluição eletromagnética, sendo considerada a maior área de silêncio do Brasil. Já o controle técnico e o centro operacional da tecnologia, ficará em Cajazeiras, onde funciona um campus da UFCG.
Visita à UFCG
Na sexta-feira passada, mesmo dia do anúncio pelo governador, os secretários de Educação, Ciência e Tecnologia, Cláudio Furtado, Rubens Freire (Executiva de C&T) e o presidente da Fapesq-PB, Roberto Germano, visitaram o Laboratório de Metrologia (Labmet), no campus sede da UFCG, onde estão sendo desenvolvidos projetos integrantes da colaboração para a construção do radiotelescópio Bingo e onde está instalado um dos radiotelescópios auxiliares (outriggers) do Bingo, conhecido como Uirapuru, que tem o formato de uma “antena corneta”.
Bingo
O radiotelescópio Bingo (sigla em Inglês para Oscilações Acústicas de Baryon em Observações de Gás Neutro) ocupará uma área de 300 metros quadrados e contará com dois espelhos de aproximadamente 40 metros de diâmetro cada, sustentados por uma estrutura metálica de 80 toneladas.
O Bingo tem o objetivo de ser um dos primeiros do mundo a estudar cosmologia e astrofísica usando a faixa de rádio, inaugurando uma nova janela de observações do nosso universo. Com o radiotelescópio, será possível medir a expansão do universo e inferir sobre as propriedades da energia escura, podendo indicar a distribuição das galáxias logo após o Big Bang.