Às vésperas do casamento, um casal de noivos e outros três parantes, incluindo uma criança de dois anos, acabaram internados após receberem uma cesta de doces envenenados em Jaíba, Minas Gerais, na última quinta-feira (23). O cachorro da família morreu após também ingerir o chocolate com uma substância que ainda é analisada pela Polícia Civil. De acordo com os investigadores, a trama foi arquitetada por uma ex-namorada do noivo que não aceitava o novo relacionamento. A mulher de 39 anos foi presa nesta sexta-feira.
A festa de casamento de Dione Quirino, de 35 anos, e Amanda de Cássia Lopes, de 27, estava marcada para acontecer neste sábado. De acordo com a Polícia Civil de MG, um taxista, usando um veículo de cor prata, deixou uma encomenda para a noiva e, nessa caixa, havia taças e bombons, adornados como um presente.
— Os noivos e familiares consumiram os bombons e deram pedaços para o cachorro da casa. O animal caiu ao chão se debatendo e, logo em seguida, morreu. Imediatamente, todos sentiram um mal-estar também —, contou o delegado Marconi Vieira Rocha.
O delegado disse que, após ouvir as vítimas e outros parentes, eles logo apontaram como suspeita a ex-mulher do noivo, que não aceitava o fim relacionamento, muito menos a nova união.
— Ela (a suspeita) foi a uma outra cidade, a uns 35 quilômetros de Jaíba, e de lá entregou a encomenda para um mototaxista, que entregou para um taxista e ele fez a entrega para as vítimas — disse Marconi ao portal UOL.
Além da prisão, a Polícia Civil também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da mulher que teria enviado os doces envenenados. Lá, investigadores encontraram uma bolsa que foi usada na entrega e que teria sido devolvida para ela.
Segundo reportagem do UOL, além do casal, Dione e Amanda, a mãe, a cunhada e a sobrinha pequena da noiva também foram envenenados. Os quatro adultos estão internados no Hospital Municipal de Jaíba com quadro de pneumonia e a criança está numa unidade pediátrica em Janaúba.
A Polícia Militar informou que, no atendimento às vítimas, o socorro apontou que eles tiveram “um quadro de síndrome colinérgica grave após intoxicação, condição caracterizada por alterações do estado mental e fraqueza muscular”. A perícia investiga qual substância foi inserida nos doces e o corpo do cachorro passará por análise no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.