O Papa Francisco disse nesta quarta-feira (18) que se vacinar contra a Covid-19 “é um ato de amor” e defendeu que a vacinação pode pôr fim à pandemia, mas para isso tem que chegar a todos.
“Vacinar-se, com as vacinas autorizadas pelas autoridades competentes, é um ato de amor”, disse o Pontífice.
O líder da Igreja Católica levou a mensagem em uma campanha voltada para o acesso universal à vacinação feita pelo Ad Council dos Estados Unidos e a coalizão de saúde pública Covid Collaborative.
O conselho de publicidade é uma organização formada pelos maiores escritórios de propaganda dos EUA, e que organiza campanhas de conscientização e utilidade pública.
“Graças a Deus e ao trabalho de muitos, hoje temos vacinas para nos proteger da Covid-19”, afirmou Francisco. “Elas trazem esperança para acabar com a pandemia, mas somente se elas estiverem disponíveis para todos.”
Acesso a vacinas
As vacinas disponíveis atualmente estão concentradas principalmente entre os países mais ricos que conseguiram acelerar a imunização de sua população.
No entanto, em muitos locais onde as vacinas estão presentes, ainda há resistência de alguns grupos para sua aplicação – abrindo espaço para a transmissão da doença, principalmente da variante delta.
Por outro lado, os países mais pobres ainda não têm acesso a insumos em grande escala de vacinação e mal conseguiram vacinar seus grupos prioritários como idosos e profissionais da saúde.
Médicos especialistas alertam que variantes cada vez mais perigosas podem se desenvolver caso o vírus permaneça circulando em grandes grupos de pessoas não vacinadas.
O próprio Papa Francisco foi vacinado em março, dizendo na época que era uma obrigação ética.
“A vacinação é uma forma simples, mas profunda de promover o bem comum e cuidar uns dos outros, especialmente dos mais vulneráveis. Rezo a Deus para que todos possam contribuir com seu próprio grão de areia, seu pequeno gesto de amor”, disse o papa em sua mais recente mensagem de vídeo.