Do lado de fora, tudo parecia confuso. A notícia do doping de Tandara explodiu como uma bomba antes da semifinal contra a Coreia do Sul. Dentro de quadra, porém, a seleção pareceu esquecer qualquer problema. Sem tomar conhecimento das rivais, venceu por 3 sets a 0, parciais 25/16, 25/16 e 25/16, e garantiu o lugar na final do vôlei feminino nas Olimpíadas de Tóquio. Na briga pelo ouro, mais uma vez, vai encarar os Estados Unidos, que bateram a Sérvia na outra semifinal.
Brasil e Estados Unidos voltam a se encontrar em uma final olímpica. Nos dois títulos brasileiros nos Jogos, as decisões foram contra as americanas. Em Pequim 2008 e Londres 2012, a seleção brasileira levou a melhor e levou o ouro.
O Brasil entrou em quadra com Macris e Rosamaria. Sem Tandara, Natália assumiu o papel da oposta nas inversões durante o jogo. A seleção, porém, pouco sofreu. Mesmo contra a ponteira Kim Yeon-Koung, uma das maiores pontuadoras dos Jogos, o Brasil dominou a partida do início ao fim para garantir seu lugar na decisão.
1° set – Início sem sustos
Uma bola de Gabi para fora abriu a contagem. Mas se a questão do doping de Tandara poderia afetar em algo no grupo, a seleção não mostrou isso em quadra. Foi um primeiro set sem sustos. Fernanda Garay, Rosamaria e Carol ditaram o ritmo do time em um começo sem muitos problemas. Macris, sem parecer sentir a lesão no pé, também se mostrou segura. Do outro lado, Kim até tentou, mas não conseguiu dar tanto trabalho assim. No fim, uma pancada de Garay deu fim à parcial, em 25/16.
2° set – Brasil mantém o ritmo e amplia vantagem
A Coreia tentou chegar. Sempre pelas mãos diferenciadas de Kim, as asiáticas passaram a encaixar melhor o ataque e a cobertura. Nada, porém, que assustasse. Em uma pancada de Fernanda Garay, a seleção abriu 16/12. Zé Roberto, então, aproveitou para dar espaço a alternativas. Sem Tandara, Natália passou a ocupar a vaga na saída nas inversões.
Em dois pontos seguidos da ponteira, inclusive, a seleção chegou a 21/14. Ainda que o rival oferecesse pouca resistência, o Brasil manteve o ritmo intenso. Não demorou a fechar o set e a ampliar a vantagem. Natália fechou a conta em 25/16.
3° set – Saideira e fecha a conta
Não parecia mesmo uma semifinal olímpica. O Brasil jogava com seriedade, mas pouco sofria contra as coreanas. Sem muito esforço, logo disparou no placar. No bloqueio de Carol, a seleção abriu 12/6. Àquela altura, era uma aula. Bem em todos os fundamentos, o time de Zé Roberto não abria espaço para que as rivais ensaiassem qualquer reação. No fim, vitória tranquila por 25/16 e vaga na final garantida.