O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, lavou as mãos e disse que não comprará mais brigas pelo ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho. “Vamos em frente, se ele deseja sair, que saia. A única coisa que ele não pode alegar é que houve um único motivo sequer para isso, não existe”, disse o dirigente em entrevista ao Sistema Arapuan, conforme apurou o ClickPB.
Carlos Siqueira citou que Ricardo Coutinho provocou a saída de João Azevêdo e Veneziano Vital do Rêgo do PSB e quer preservar a boa relação com Gervásio Maia, presidente estadual do PSB na Paraíba.
Ele também declarou ao Sistema Arapuan que convenceu outros candidatos para dar a presidência da Fundação João Mangabeira para Ricardo Coutinho. “Ricardo quando saiu do governo [em 2018], eu tinha sobre a minha mesa cinco candidatos à presidência da Fundação João Mangabeira e ele reivindicou. Eu tive que convencer os cinco, entre eles dois ex-governadores, e o nomeamos para a presidência. Depois ele brigou com o governador João Azevêdo, nós ficamos do lado dele. Brigou com o senador [Veneziano], nós ficamos do lado dele. E agora não posso brigar e nem quero perder o presidente estadual [Gervásio Maia], que também foi solidário a ele permanentemente por causa dele.”
Carlos Siqueira lembrou que a candidatura de Ricardo Coutinho a prefeito de João Pessoa em 2020 foi decidida de última hora, gastou mais de R$ 1 milhão e recebeu apoio do PSB nacional, mesmo que todos soubessem que não iria ter sucesso.
Siqueira revelou que Gleisi Hoffmann, presidente do PT nacional, ligou para ele para saber se haveria problema na filiação de Ricardo Coutinho ao PT. Segundo ele, “então é porque evidentemente deve haver uma solicitação de filiação, estou pressupondo. E eu disse que não, a nossa relação com o PT independe disso.”
O dirigente do PSB também pontuou que não julgou Ricardo Coutinho quando ele foi alvo de várias denúncias na Operação Calvário, enquanto assumia a presidência da Fundação João Mangabeira.