Um detento de 26 anos deixou o Presídio Padrão de Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba, usando um alvará de livramento condicional falsificado, na segunda-feira (31).
De acordo com o gerente da Gerência Executiva do Sistema Penitenciário (Gesipe) da Paraíba, Ronaldo Porfírio, a unidade penitenciária recebeu um e-mail com o documento, a assinatura digital de uma juíza e uma guia de recolhimento.
Como o servidor que verificou o e-mail não viu alterações, deu cumprimento ao procedimento de soltura, como ocorre em situações semelhantes. Mas no fim do dia, quando foi notificar o cumprimento do alvará para a Justiça, foi informado de que toda a documentação era falsa, inclusive a assinatura da magistrada.
“Trabalhando junto com a inteligência da Polícia Civil e do sistema prisional pra gente identificar, agora, de onde partiu essa falsificação. Se foi de dentro da unidade prisional, se teve participação de servidor, se teve também algum envolvimento de servidores do poder judiciário ou da comarca. Enfim, é uma situação muito complexa”, destacou Ronaldo.
O G1 entrou em contato com a Polícia Civil, por meio de sua assessoria de comunicação, que informou ainda não ter informações sobre o caso.
Ainda de acordo com a Gesipe, os esforços, no momento, estão voltados para a tentativa de recapturar o detento.
Por fim, a instituição afirmou que as primeiras informações não apontam envolvimento de servidores público. E, no fim das investigações, quando a pessoa que falsificou a documentação foi identificada, ela deve responder pelo crime de falsidade ideológica.