O presidente do Inep, Danilo Dupas Ribeiro, informou hoje pela manhã a membros do Conselho Nacional de Educação que, por falta de tempo e orçamento, não é garantido que o Enem aconteça neste ano.
Os integrantes do Conselho entenderam que a realização deve ficar para janeiro ou fevereiro de 2022, mas, oficialmente, a assessoria de imprensa do Inep afirma que foi um “mal-entendido”, e que ainda não há data prevista para o vestibular.
A suspeita de que a prova para ingresso nas universidades do país não seria aplicada em 2021 vem desde ontem. Um portaria publicada no Diário Oficial com as metas globais previstas pelo próprio Inep não incluiu a realização do exame.
Com a pandemia do novo coronavírus, o Enem tornou-se um “problema” para o governo, o que não deveria acontecer. Em 2020, diante das restrições no deslocamento da população e com o veto a aglomerações, o exame deve de ser adiado para janeiro de 2021 – o que efetivamente ocorreu.
O caos no calendário, porém, tornou confuso o ingresso em universidades públicas e privadas que utilizam o vestibular como porta de entrada. Dupas Ribeiro, que comunicou hoje que não será capaz de realizar o exame deste ano, é o quarto presidente do Inep desde o início do governo de Jair Bolsonaro. Antes dele passaram pelo instituto Alexandre Ribeiro Pereira Lopes (de maio de 2019 a fevereiro de 2021), Elmer Coelho Vicenzi (de abril de 2019 a maio de 2019) e Marcus Vinicius Rodrigues (de janeiro de 2019 a março de 2019).