O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), informaram nesta segunda-feira (12) pelas redes sociais que conversaram ao telefone com o secretário-geral da Organizações das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e que pediram a ele a antecipação de entregas de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil.
No final de março, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que só tem previsão de receber e distribuir, em abril, pouco mais da metade das doses de vacinas anunciadas anteriormente pelo governo federal.
O cronograma divulgado em 19 de março pelo Ministério da Saúde apontava previsão de recebimento de 47,3 milhões de doses. Agora, a previsão é para 25,5 milhões de doses.
“Conversei, nesta segunda, por telefone, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e expus a situação dramática do Brasil. Reforcei o pedido de ajuda à ONU para o país se tornar prioridade do consórcio internacional Covax Facility para antecipação da entrega das vacinas”, afirmou o presidente do Senado.
Lira falou em aumentar o fluxo de entrega de vacinas ao Brasil.
“Conversei hoje, ao telefone, com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para explicar sobre a grave situação sanitária em que se encontra o País. Falei da necessidade de aumentarmos o fluxo de entrega de vacinas ao País”, disse o presidente da Câmara.
Covax Facility
O consórcio global Covax Facility, citado por Pacheco, é uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi) e da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), em parceira com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Trata-se de uma aliança global com mais de 150 países, criada para impulsionar o desenvolvimento e a distribuição das vacinas contra a Covid-19. O acordo do Brasil com o consórcio prevê 42 milhões de doses.
Até domingo (11), o Brasil já havia vacinado 23.286.249 pessoas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o que representa 11% da população brasileira. Os dados foram levantados pelo consórcio de veículos de imprensa com base em informações das secretarias de Saúde.
A segunda dose já foi aplicada em 7.052.402 pessoas (3,33% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.