Os golpes por telefone e internet são constantes na região, e um dos mais conhecidos é o do falso sequestro. Mesmo assim muita gente ainda cai nesse tipo de fraude e, em meio à aflição, temendo pela vida do ente querido, perde muito dinheiro para os falsários.
Hoje o golpe do falso sequestro voltou a acontecer em Itaporanga, conforme apurou a Folha, mas desta vez teve um desfecho diferente de como costumeiramente termina. No começo da tarde desta terça-feira, 30, um homem aparentemente muito nervoso apareceu na portaria de entrada do 13º Batalhão em busca de ajuda. Havia recebido uma ligação de sequestradores que estariam com seu filho e que, se ele não depositasse dinheiro na conta dos criminosos, o menino seria morto.
A aflição do homem aumentou ainda mais quando ele ouviu gritos de desespero no telefone que os falsários diziam ser do seu filho. A vítima já estava tentando angariar o dinheiro para depositar, quando teve a ideia de passar no batalhão. Foi levado ao setor de comunicação da PM e lá foi recepcionado pelo sargento F. Carlos, que é um dos mais antigos operadores do Copom do 13º BPM (Batalhão da Polícia Militar).
Notando que se tratava de um golpe, o policial tentou acalmar a vítima, insistindo que aquilo era uma fraude, mas o homem permanecia desesperado, temendo que alguma coisa acontecesse ao seu filho por acreditar que o sequestro era verdadeiro. Uma das táticas dos golpistas é exigir, sob forte ameaça, que a vítima não desligue o telefone, exatamente para que não consiga fazer contato com a pessoa supostamente sob o domínio dos bandidos.
No entanto, mesmo diante das ameaças dos falsos sequestradores de que o sequestrado poderia ser morto, o sargento conseguiu convencer o homem a desligar o celular e procurar o número do telefone de contato do menino. Deu certo. O policial conseguiu um contato com a mãe do garoto e tudo foi esclarecido. Somente depois que o homem certificou-se que o filho estava em casa e bem é que ficou aliviado. Acabou o desespero e livrou-se de um grande prejuízo financeiro, porque já estava atrás de dinheiro junto a familiares para repassar aos golpistas.