A mulher de 45 anos presa suspeita de matar a companheira com 95 facadas, em João Pessoa, também é suspeita de ter matado pelo menos outras duas pessoas no Rio Grande do Norte. Segundo a delegada Emilia Ferraz, titular da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa da capital paraibana, Marilene da Silva Ramos era foragida da Justiça do estado vizinho por ter matado um homem, em 2011, com a ajuda de um comparsa. Ela também teria matado este comparsa em 2014. O inquérito foi concluído nesta segunda-feira (29).
O crime na Paraíba aconteceu no último dia 20, no bairro de Gramame. Marilene, que morava há aproximadamente cinco anos com Gillimara Santos da Costa, de 35 anos, teria matado a companheira usando uma faca do tipo peixeira, mirando principalmente o coração da vítima. Além do assassinato, ela também teria dopado familiares da vítima – a mãe idosa e um sobrinho de 7 anos.
Marilene foi presa dois dias depois no bairro de Vila Cabral de Santa Terezinha, em Campina Grande. Ela confessou o crime, mas permaneceu em silêncio ao longo do interrogatório na Polícia Civil do município.
“Quando a gente autuou ela em flagrante pela situação aqui de João Pessoa, pelo feminicídio consumado e pela dupla tentativa de homicídio, constatamos que ela tinha um mandado de prisão em aberto que havia sido expedido pela comarca de Santo Antônio, no Rio Grande do Norte. Ela estava foragida daquele estado e, no decorrer da investigação, ao longo dos dias em que estivemos no caso, surgiu ainda esta informação do envolvimento dela em outro crime”, explica a delegada Emilia Ferraz, que presidiu o inquérito junto a delegada adjunta Vanderleia Gadi.
Segundo as investigações, em 2011, Marilene teria matado José Edilson dos Santos, depois de dopar a vítima e deixar o corpo carbonizado dentro de um carro. Ela teria feito isso com a ajuda de um homem chamado Valdivan Sales da Costa. Três anos depois, já foragida da Justiça pelo primeiro crime, ela teria matado, em Natal, também no Rio Grande do Norte, o comparsa, Valdivan, também envenenado.
De acordo com a delegada, Marilene vai responder por feminicídio contra Gillimara Santos da Costa, e por tentativa de homicídio contra a mãe de Gillimara, Eliane Santos da Silva Diniz, e contra o sobrinho da vítima, por ter envenenado a ambos com tranquilizante e carrapaticida.
Segundo Emília Ferraz, a população pode ajudar a Polícia Civil com mais informações sobre a suspeita, por meio do número 197, o Disque-Denúncia. A ligação é gratuita e pode ser anônima.