Uma nova fase da Operação Mais Valia, a mesma que afastou Wilson Witzel (PSC) do governo do Rio de Janeiro, foi deflagrada nesta terça-feira (2) contra agentes públicos e privados investigados por participação em organização criminosa com atuação no poder Executivo Estadual.
Nesta etapa, o MPF (Ministério Público Federal) e a PF (Polícia Federal) têm como alvo desembargadores do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e advogados ligados a Witzel.
Ao todo, o desdobramento cumpre 11 mandados de prisão preventiva e 26 de busca e apreensão, determinados pela ministra Nancy Andrighi, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Desde o ano passado, a PGR (Procuradoria-Geral da República) investiga a existência de esquemas criminosos com a participação do chefe do governador do Rio de Janeiro.
Até então, já foram apresentadas três denúncias ao STJ contra Witzel, a esposa, Helena, e outros envolvidos nos crimes já apurados. Entre os casos investigados estão desvios de recursos públicos destinados ao enfrentamento da epidemia da covid-19.
Witzel foi afastado do cargo em agosto do ano passado, por ordem do ministro Benedito Gonçalves, relator do inquérito principal contra ele. Em setembro, a ordem foi referendada pela Corte Especial do STJ. A primeira denúncia oferecida contra o governador já foi recebida por unanimidade pelos ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.