A Polícia Militar de São Paulo resgatou na noite desta quinta-feira (25) uma criança de três anos presa dentro de um barril no bairro do Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo.
Os policiais foram ao local atender uma denúncia de maus-tratos junto com membros do Conselho Tutelar da região e encontraram o menino nu, dentro do barril que estava rente à parede da casa, para evitar a saída do espaço.
A mãe da criança, uma moça de 20 anos, estava na residência no momento do flagrante e foi autuada por maus tratos. A jovem foi levada para o 50º Distrito Policial, do Itaim Paulista, onde o caso será apurado pelos investigadores.
Outros casos
Criança que sofria maus-tratos foi resgatada pela Polícia Militar na manhã deste sábado (6) na região de Cidade Líder, Zona Leste da cidade de São Paulo — Foto: Polícia Militar/Divulgação
Essa foi a segunda ocorrência de maus tratos atendidas pela Polícia Militar neste mês de fevereiro na Zona Leste da capital paulista. Em 6 de fevereiro, uma criança de dois anos foi encontrada amarrada e sozinha em uma casa na região de Cidade Líder.
A PM também chegou ao local após denúncia anônima informando que a criança chorava muito em casa. Ao entrar na casa, os policiais identificaram uma menina amarrada pelos pés por um fio.
A mãe foi localizada na tarde daquele mesmo dia pelos policiais. Ela tinha 21 anos e foi presa em flagrante por maus-tratos contra a criança, tendo sido levada para o 89ºDP.
Outro caso de grande repercussão aconteceu em Campinas, no interior de São Paulo, onde uma criança de 11 anos foi resgatada em 30 de janeiro, após ser encontrada por policiais militares com as mãos e pés acorrentados dentro de um barril de ferro em uma casa no Jardim Itatiaia.
A corporação foi ao local após denúncia de vizinhos e três pessoas foram presas suspeitas pelo crime de tortura, entre elas, o pai do menino, a namorada dele e a filha desta mulher após registro do caso na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no Jardim Londres.
Segundo a PM, o menino era mantido em pé no espaço onde também fazia necessidades fisiológicas. O local era coberto por uma telha e havia uma pia de mármore por cima para impedir a saída dele.
O pai da criança, um auxiliar de serviços de 31 anos, teria alegado que o menino “é agitado dentro de casa” e fez isso para educá-lo, segundo texto do boletim de ocorrência.
O menino, diz a PM, ficava impossibilitado de sentar ou agachar e, com isso, também apresentava pernas inchadas.
A Polícia Civil considerou que o homem aplicou violência e grave ameaça que provocaram intenso sofrimento físico e mental; enquanto que a namorada dele, uma faxineira de 39 anos, e a filha dela, que atua como vendedora, se omitiram e nada fizeram para evitar os resultados.