No dia em que o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil fez um ano, o estado de São Paulo anunciou que seis regiões da capital regrediram à fase laranja do Plano SP. “Seis regiões do estado regrediram de fases: Grande São Paulo [incluindo a capital], Campinas, Sorocaba e Registro foram da fase amarela para a fase laranja. Marília e Ribeirão Preto foram da fase laranja pra fase vermelha.
Somente a região de Piracicaba apresentou melhora progredindo para fase amarela, o restante do Estado permaneceu estável”, afirmou o governador João Doria nesta sexta-feira, 26. Ele explicou que o aumento na ocupação de leitos primários e de UTI nessas regiões motivaram a volta à fase laranja. Todas as medidas anunciadas na coletiva valerão a partir da segunda-feira, 1º.
Segundo os detalhes do plano, os shoppings e comércios só poderão ficar abertos até 20h e podem operar com 40% da capacidade total. O consumo de clientes nos locais não será mais permitido em bares e liberado até às 20h em restaurantes, que assim como o comércio e os shoppings deverão funcionar com horário reduzido, ficando abertos por 8 horas após às 6h e antes das 20h.
O mesmo vale para academias, salões de beleza e eventos culturais. “Nós temos aqui a proibição de atendimento presencial da função bar, bares podem operar como restaurantes, como acompanhamento da refeição”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.
A ocupação de leitos total do Estado está em 70,4%, e a região metropolitana também ultrapassou os 70% de ocupação, o que causou a reclassificação no Plano SP. Além de Marília e Ribeirão Preto, Barretos, Araraquara, Bauru, e Presidente Prudente também estão na fase vermelha atualmente.
O governo considera esta sexta como o pior dia da pandemia desde o início da crise de saúde no país. Doria aproveitou para lembrar do reforço na fiscalização das ruas com o toque de restrição que se inicia hoje, e fez um apelo para os jovens não se aglomerarem. “Se você ama o seu pai, se você ama a sua mãe, se você ainda tem avós vivos e ama seus parentes, por favor, não faça aglomerações”, suplicou, falando, novamente, que uma saída na rua pode ser “um encontro com a morte”.