O mentor da “barbárie de Queimadas”, Eduardo dos Santos Pereira, continua foragido há quase três meses quando conseguiu escapar após ter acesso a uma chave no almoxarifado da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, em João Pessoa. A fuga ocorreu dia 17 de novembro de 2020 e desde então, ainda não foi encontrado. A Paraíba já acionou a Interpol e a Polícia Civil diz que trabalha incessantemente para recapturar o foragido.
Nesta sexta-feira (12), completa nove anos do crime que ficou conhecido por “barbárie de Queimadas” que foi o estupro coletivo que resultou na morte de duas mulheres. Nesse dia, cinco mulheres foram estupradas e duas delas, a professora Isabela Pajuçara e a recepcionista Michelle Domingos, acabaram sendo assassinadas no município de Queimadas, no Agreste paraibano. Todas estavam em uma festa de aniversário em uma casa com dez homens. O crime teria sido planejado, como apontaram as investigações.
Eduardo dos Santos foi condenado a 108 anos de reclusão por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. De acordo com as investigações, o criminoso escapou da cadeia por uma porta lateral que dá acesso ao almoxarifado.
“A gente está trabalhando para tentar a recaptura dele. É um trabalho em conjunto com a Secretaria de Administração Penitenciária. Foi designado um delegado para investigar o caso. Mas a equipe tem feito um trabalho incessantemente, diuturnamente parta tentar recapturá-lo”, disse ao ClickPB, o delegado geral da Polícia Civil, Isaías Gualberto. Uma foto do mentor do crime já foi divulgada para as diversas polícias no País. O trabalho conta com apoio de outros estados brasileiros.
Já o secretário de Administração Penitenciária, coronel Sérgio Fonseca, destacou o trabalho em conjunto, mas pontuou as ações de cada órgão para recapturar o preso foragido.“Eu acredito que em breve nós iremos prender aquele camarada porque o crime que ele cometeu foi um crime bárbaro e espero que ele seja preso e retorne para o sistema”, afirmou, em conversa com o ClickPB.
Sobre o preso ter tido acesso a chave e fugido por uma porta lateral do PB1, o secretário revelou que foi aberta uma sindicância pela Secretaria de Administração Penitenciária e um inquérito policial civil, pela Polícia Civil. “A nossa sindicância concluiu que deve sim ser aberto um procedimento administrativo aos policiais penais e está sendo avançado”, ressaltou.