O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que ainda não definiu qual vai ser o valor da nova modalidade do auxílio emergencial. Após pressões de deputados e senadores, o governo federal, que antes resistia à ideia, cedeu e admite a retomada do benefício. A tendência é que o auxílio retorne com um valor menor, de R$ 200 a R$ 300, e atingindo um público mais restrito do que os 67 milhões de beneficiários do ano passado. A intenção da equipe econômica é que o valor seja de R$ 200, com a duração de três meses. Após uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, ele disse que o tema ainda está sendo discutido pela equipe econômica e que é preciso ter compromisso com a responsabilidade fiscal. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que “não se pode condicionar novas rodadas de auxílio à aprovação de propostas de ajuste fiscal”, como a PEC Emergencial. Para ele, “a emergência e a urgência” do momento “não podem esperar”. Ele defende um acordo com o governo para que, futuramente, o Congresso aprove medidas de controle dos gastos públicos.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro disse que está negociando o tema com ministros. E se mostrou preocupado com o endividamento do governo. “Sabemos que estamos no limite do nosso endividamento e devemos preocupar com isso. Temos um cuidado muito grande com o mercado, com os investidores e com os contratos que devem ser respeitados. Nós não podemos quebrar nada disso, caso contrário não teremos como garantir que o Brasil será diferente lá na frente”, disse. Com previsão de ser instalada nesta semana, a Comissão Mista de Orçamento é parte do processo de discussão do novo auxílio emergencial, na visão da maioria dos deputados. O objetivo é aprovar o Orçamento da União de 2021 até o final do mês para que, a partir daí, se encontre espaço para financiar o benefício.