Em dezembro de 2021, pode ser que tenhamos uma nova “estrela” no céu – o que certamente inspirará uma série de histórias pelo mundo todo, pois esse é o mesmo período em que as comemorações de Natal já estão a todo vapor. No fim do ano, existe a chance de o cometa Leonard, descoberto por Greg Leonard, da Universidade do Arizona, ficar visível a olho nu para observadores da Terra que mantenham seus olhos no céu.
Detectado no Observatório Monte Lemmon em 3 de janeiro, cientistas estimam que o C/2021 A1 (nome oficial da atração) será o único a se apresentar de maneira tão expressiva por aqui no decorrer dos próximos meses. Isto é, se ele não se desintegrar antes disso. De todo modo, existem expectativas de que outros acabem aparecendo, a exemplo do Neowise em 2020, um dos mais espetaculares das últimas décadas, que deu as caras no final de março e mostrou a que veio já em julho.
Por enquanto, a não ser que estejam de posse de telescópios potentes e outros componentes semiprofissionais, curiosos devem se contentar apenas com a esperança de que o objeto espacial continue firme e forte em sua trajetória. Afinal, localizá-lo no Universo ainda depende de uma boa ajuda.
Brilha, brilha, estrelinha…
Falando de previsões, é possível que Leonard adquira o brilho de um astro de magnitude quatro, quase tão potente quanto o de algumas estrelas da constelação Ursa Menor, do Hemisfério Norte. Ou seja, se binóculos estiverem à disposição, o espetáculo será ainda mais impressionante. Telescópios amadores, aqueles mais baratos de quintais e varandas, são capazes de oferecer uma “resolução” aprimorada à exibição.
Neste momento, o cometa está viajando entre as órbitas de Marte e Júpiter, vindo à nossa direção, e a tendência é de que sua luminosidade vá se acentuando conforme tocamos nosso dia a dia. Dando tudo certo, chegará o momento em que poderemos apreciá-lo do jeito que esperamos.
Registros, certamente, não faltarão – nem chances para uma distração muito bem-vinda em tempos tão turbulentos ocorrer de fato.