Ao deixar a sessão de abertura do Congresso Nacional, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que a Lava Jato não acabou, apenas mudou de nome.
Segundo Aras, as forças-tarefas foram institucionalizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), que pertence ao Ministério Público Federal, continuam no modelo institucional da operação e que os membros são os mesmos, com garantias e mandato de biênio. Assim, nas palavras de Augusto Aras: “tudo continua igual”.
Na segunda-feira, 01, foi anunciado o fim da operação Lava Jato em Curitiba. Com a mudança, a Procuradoria Geral da República nomeou quatro ex-integrantes da força-tarefa para se juntarem ao Gaeco, formando um grupo de nove procuradores que vão atuar até agosto de 2022.
Aras afirmou que alguns nomes mudaram, outros permaneceram e que os procuradores “não são estrelas”, são iguais e têm as mesmas capacidades de combater a corrupção. No ano passado, Augusto Aras e procuradores de Curitiba protagonizaram atritos e trocas de acusações. O estopim foi a visita a Curitiba da subprocuradora Lindora Araújo, auxiliar do Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi encarada pelos procuradores como uma manobra ilegal para copiar dados sigilosos.