Primeiro, vamos aos fatos: não, “Os Simpsons” não conseguem prever o futuro.
No entanto, como a série de animação de maior duração na história dos Estados Unidos, o desenho atemporal frequentemente se encontra alinhado com momentos de “a vida imita a arte” que acontecem anos após a exibição.
Nesta semana, por exemplo, os usuários das redes sociais notaram a última coincidência entre o traje da vice-presidente Kamala Harris durante a posse e a roupa de Lisa Simpson em um episódio de 2000.
Em “Bart no futuro”, Lisa assume a presidência e faz a pergunta que agora viralizou: “Como sabem, herdamos um orçamento bem ruim do presidente Trump”.
No episódio, Lisa usava um casaco roxo e pérolas. Na posse de quarta-feira (20), Harris vestiu também um casaco roxo e pérolas. Com Harris empossada imediatamente após a presidência de Donald Trump, as comparações dos telespectadores vieram imediatamente.
As semelhanças com a posse não param por aí. O ator Tom Hanks apareceu como apresentador durante o show virtual da noite de quarta-feira, que teve como objetivo manter o tema do presidente Joe Biden de unidade nacional em tempos de crise.
Em “Os Simpsons: O Filme”, de 2007, Hanks faz uma rápida participação especial em uma cena em que se propõe um novo Grand Canyon em Springfield, a cidade natal dos Simpsons.
“Oi. Eu sou Tom Hanks. O governo dos Estados Unidos perdeu sua credibilidade, por isso pegou a minha emprestada”, diz.
No final da cena, ele diz: “E se esse governo é bom em alguma coisa, é nisso!”
Especulações sobre as habilidades de adivinhação do programa não são nenhuma novidade. Os fãs afirmam que o desenho previu, entre outras coisas, o ataque de tigre à dupla Siegfried e Roy, relógios inteligentes, vespas assassinas e a compra da 20th Century Fox pela Disney.
A longevidade do programa e seu esgotamento de possíveis cenários de sitcom foram até mesmo mencionados em outras comédias, incluindo o episódio “South Park”, chamado “Os Simpsons já fizeram isso”.
Quando questionado em 2016 sobre a previsão de uma presidência de Donald Trump com tanta antecedência, o escritor Dan Greaney disse ao The Hollywood Reporter: “Foi um alerta para os Estados Unidos”.
“Parecia a última parada lógica antes de chegar ao fundo do poço. A ideia foi lançada porque era consistente com a visão dos Estados Unidos enlouquecendo”, acrescentou.