Um dos corvos da Torre de Londres, dos quais uma tradição afirma que, caso abandonassem o local, a monarquia britânica cairia, desapareceu e gerou preocupações de que esteja morto, anunciou o Palácio Real nesta quinta-feira (14).
Merlina, descrita como um pássaro de caráter independente, não é vista há semanas nesta histórica fortaleza nas margens do rio Tamisa.
É “uma notícia realmente preocupante”, afirmou a Torre de Londres em sua página na internet, considerando que “sua ausência contínua indica que pode ter morrido”.
Segundo uma lenda muito enraizada, se os corvos abandonassem a torre, o reino “desabaria” e o país seria “afundado no caos”.
De acordo com um decreto real, supostamente emitido por Carlos II no século 17, deve haver seis deles no local a qualquer momento. Para garantir que seja assim, algumas penas das asas são cortadas e um ou dois corvos substitutos são mantidos.
Os responsáveis pela torre, construída a partir de 1078 e que agora guarda as joias da coroa, após ter sido ao longo dos séculos uma prisão e até um arsenal, enviaram uma mensagem para tranquilizar os britânicos: “Atualmente temos sete corvos na Torre, um a mais que os seis necessários”.
Desde que se uniu ao grupo, Merlina foi “inquestionavelmente” a “rainha dos corvos”, segundo esta instituição, dependente dos palácios reais históricos. Embora às vezes voasse, até agora sempre voltava a seus companheiros Poppy, Erin, Jubilee, Rocky, Harris, Gripp e Georgie.
Apesar de a ameaça do colapso do reino ser “um mito e uma lenda”, o cuidador das aves, Chris Skaife, se mostrou cauteloso em suas declarações à BBC: “Temos sete corvos na Torre de Londres, seis por decreto real, e tenho mais um de sobra, então por enquanto está tudo bem”.