O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, alertou nesta quarta-feira (6) que as restrições para combater a pandemia podem permanecer em vigor até o final de março, tendo em conta o elevado número de infecções e que o eventual desconfinamento na Inglaterra será “gradual”.
Em comparecimento à Câmara dos Comuns, o líder conservador destacou que a “diferença fundamental” do atual confinamento nacional é que o país agora tem um programa de vacinação contra a covid-19.
Em uma declaração lida na Câmara dos Comuns, Johnson afirmou que “não tinha opção” senão decretar esse endurecimento das medidas – que inclui a instrução aos cidadãos para ficarem em casa e o fechamento de escolas – para combater a crise sanitária, diante da repercussão das infecções pela nova cepa.
Ele também afirmou que o país, que ontem registrou um recorde diário de infecções com 60.916 positivos, está agora mergulhado em uma “corrida” entre a disseminação da doença e a administração das vacinas aos grupos de pessoas mais vulneráveis.
“Depois da maratona do ano passado, estamos agora em uma corrida para vacinar os mais vulneráveis mais rápido do que o vírus lhes pode atingir”, disse.
O premiê também indicou que haverá uma “revisão contínua” das medidas, que serão monitoradas quinzenalmente, além da obrigação legal de retirá-las quando não forem mais necessárias.
“Estamos em uma reta final difícil, que se tornou mais difícil com a nova variante”, admitiu o primeiro-ministro.
Além disso, Johnson disse que as escolas serão os primeiros locais a reabrir quando chegar a hora de aliviar as restrições.
Johnson também analisou os últimos dados mais recentes sobre a pandemia, lembrando que uma em cada 50 pessoas (cerca de 1,1 milhão de cidadãos) em residências particulares na região da Inglaterra, a mais populosa do país com 56 dos 66,6 milhões de habitantes, foi infectada com Covid-19 na semana passada.
Além disso, ele também confirmou que 1,3 milhão de pessoas foram vacinadas no Reino Unido, sendo 1,1 milhão na Inglaterra.