O cantor Paulinho, vocalista do Roupa Nova, morto na última segunda-feira por causa de complicações da Covid-19, será velado e cremado em uma cerimônia íntima para a família nesta quarta-feira, às 16h. A despedida acontece no Memorial do Carmo, na Zona Portuária do Rio. A cremação foi um desejo revelado pelo artista ainda em vida.
Nas redes sociais, o Roupa Nova agradeceu o apoio e carinho dos fãs após a morte de Paulinho:
“A banda agradece à todos os fãs, familiares, amigos e artistas pelo carinho que estão recebendo, certos de que a passagem de Paulinho foi/será de muita luz. Continuem mandando bons pensamentos para que ele tenha um descanso em paz”.
De acordo com a assessoria do grupo, a decisão de fazer um velório restrito aos familiares foi “em função do momento em que estamos passando pela Covid-19 e para evitar aglomeração”.
Paulo César Santos, de 68 anos, morreu nesta segunda-feira, na Unidade de Terapia Intensiva do Copa D’or, na Zona Sul do Rio. Segundo a assessoria do artista, “ele morreu em decorrência da Covid-19, devido ao agravamento de outros fatores do seu estado de saúde”. O cantor, porém, já não estava mais infectado pelo vírus.
Trajetória
À frente do Roupa Nova desde a década de 1970, quando o grupo ainda se chamava “Os Famks” e depois “Os Motokas”, Paulinho foi o dono da voz responsável por embalar os grandes sucessos do grupo, como “Whisky a Go-Go”, “Meu universo é você”, “Sensual” e “Canção de verão”.
Natural do Rio de Janeiro, o percussionista e vocalista deu seus primeiros passos na música, no início da década de 1970, ao se apresentar em bailes da cidade com a banda Los Panchos Villa.
Durante os mais de 40 anos em que esteve na banda, o artista dividiu o palco com outros importantes nomes da música brasileira e internacional como a banda The Commodores e as cantoras Ivete Sangalo, Zélia Duncan e Elba Ramalho.
Em 2009, o cantor recebeu junto com o grupo o Grammy Latino de “Melhor álbum pop contemporâneo brasileiro”.