A Espanha espera ter vacinado 70% da população até setembro de 2021, segundo o ministro da Saúde, Salvador Illa, para quem o país se encontra no “início do fim” da pandemia da covid-19, que até agora, de acordo com os últimos dados oficiais, registra 1.730.575 de casos e 47.624 mortes.
A vacinação de 7 em cada 10 espanhóis irá gerar uma imunidade de rebanho e, “embora não seja o fim definitivo, estaremos em uma fase muito diferente”, diz Illa, em entrevista publicada no domingo (13) ao jornal espanhol “Público”.
Na entrevista, o ministro disse estar convencido de que a Espanha poderá começar a administrar as doses das vacinas no início de janeiro e “se tudo correr bem” em cinco ou seis meses haverá uma porcentagem significativa da população espanhola e europeia vacinada.
“Provavelmente, até o final do verão, 70% da população estará vacinada. E isso vai ser muito, embora não seja o fim da pandemia, pois isso acontecerá quando tivermos imunizado uma elevada percentagem da população mundial, e isso vai nos levar todo o ano de 2021 e parte de 2022, de acordo com os especialistas”, explica Illa.
Mas na Europa, ele acredita que, embora não seja o fim definitivo, “estaremos em uma fase muito diferente”. “Então, acho que estamos no começo do fim”, diz ele.
No entanto, Illa alerta que as medidas de proteção social, como o uso de máscaras, continuarão até que haja um nível significativo de população vacinada e é a favor de não se apressar.
“Há muito que ainda não sabemos sobre a imunidade das vacinas e aqui temos que aplicar o princípio da precaução. Será quando os especialistas recomendarem que as restrições possam ser levantadas, embora eu seja a favor da não pressa, pois todos nós vimos o ano que tivemos”, afirmou.
Desta forma, ele acredita que embora a vacinação represente um avanço significativo, “não podemos nos apressar em diminuir as restrições, pois não é tão difícil o retorno da transmissão”.
Quanto ao Natal, Illa acredita que as medidas adotadas são corretas, pois impedir que entes queridos se encontrassem novamente “teria sido contraproducente”.
Nas festas de fim de ano, os espanhóis poderão se deslocar de uma região para visitar parentes ou amigos, apesar do fato de que entre 23 de dezembro e 6 de janeiro, o país terá perímetro fechado para evitar deslocamentos de outro tipo e com eles a propagação de contágios.
Além disso, os jantares e almoços não devem reunir mais de 10 pessoas, enquanto o toque de recolher se estenderá na véspera de Natal e Réveillon até 1h30 (horário local, 21h30 de Brasília).