Vinte e três partidos e 114 candidatos concorrem neste domingo (29) pelo comando de 57 municípios com mais de 200 mil eleitores. São capitais e grandes cidades que têm uma riqueza somada de R$ 2,2 trilhões, além de uma população de quase 56 milhões de brasileiros e eleitorado superior a 38 milhões de votantes.
Entre todos os partidos com pelo menos um candidato no segundo turno, o que mais têm concorrentes é o PT, com 15 nomes nas urnas deste domingo.
Logo atrás, vem o PSDB, com 14 postulantes, o MDB, com 11, o PSD, com 10, e o Podemos, com 9. Na outra ponta, PCdoB, Novo e Rede são as siglas que têm apenas um filiado ainda disputando prefeituras no país.
Essas disputas não são suficientes para alterar a posição dos dez principais partidos em relação ao número de prefeituras conquistadas ao fim da votação.
No entanto, podem mudar de forma significativa o ranking das siglas no que diz respeito aos eleitores e moradores governados e na comparação dos PIBs municipais. Esse dado ilustra quais partidos têm mais força política nas cidades mais ricas e populosas em relação ao número de prefeituras sob sua gestão a partir de 2021.
Pelo critério econômico, o PSDB é o partido com maior soma dos PIBs municipais divulgados pelo IBGE em 2018, dado mais recente disponível: os prefeitos tucanos já serão responsáveis por cidades que geram anualmente uma riqueza superior a R$ 647 bilhões.
A fatia mais representativa desse montante está na região metropolitana de São Paulo, como Barueri e São Bernardo do Campo, e no interior do estado, como Jundiaí e São José dos Campos. Esse valor pode mais do que dobrar apenas se o partido mantiver a Prefeitura de São Paulo, cidade que em 2017 produziu quase R$ 700 bilhões em valores daquele ano, e a de Ribeirão Preto, com R$ 35 bilhões.
Na segunda posição desta lista está o PSD. Embora tenha sido o terceiro partido com mais votos para prefeito obtidos no primeiro turno, a mais jovem das principais siglas do país vai administrar municípios que movimentam em suas economias quase R$ 575 bilhões, das quais a principal é Belo Horizonte. Neste domingo, o partido tem candidatos em cidades que geraram mais de R$ 227 bilhões, de acordo com o IBGE.
Quem pode superar o PSD nessa posição é o DEM, uma das siglas que mais cresceram em número de prefeituras no primeiro turno e que soma R$ 448 bilhões em economias locais sob sua gestão a partir de 2021, com capitais como Salvador e Curitiba. Só com o Rio de Janeiro, cidade na qual o partido é favorito a retomar a prefeitura neste segundo turno, seriam outros R$ 338 bilhões adicionados ao cálculo.
População
No quesito demográfico, o PSD é o partido que saiu do primeiro turno com mais brasileiros sob sua gestão, somando mais de 20 milhões de habitantes. Dificilmente, porém, o partido conseguirá manter essa posição neste domingo, já que as duas cidades mais populosas do país, São Paulo e Rio de Janeiro, estão em disputa.
O MDB, com mais de 770 prefeituras conquistadas no primeiro turno, tem o segundo maior contingente já somado, com 19 milhões de habitantes, mas potencial de agregar no máximo mais 7,2 milhões de pessoas, se vencer em todas as cidades nas quais disputa o segundo turno.
O partido que pode mais crescer do primeiro para o segundo turno, seja em número de habitantes, seja na riqueza da economia municipal, é o PSOL, com candidatos em São Paulo e Belém. Se vencer nas duas capitais, a sigla multiplicaria o PIB sob sua gestão de R$ 1,2 bilhão em quatro municípios para quase R$ 730 bilhões e a população se elevaria de menos de 50 mil habitantes para quase 14 milhões de brasileiros.