A chegada do apresentador Nilvan Ferreira (MDB) ao segundo turno das eleições municipais em João Pessoa aconteceu praticamente por mérito próprio. Nilvan, sozinho (leia-se – sem apoio de grandes partidos), colocou a cara para bater e apenas com o gesto do senador Zé Maranhão, que lhe forneceu a legenda, conseguiu ultrapassar a etapa do primeiro turno.
Na atual conjuntura, a posição em que o apresentador se encontra chama a atenção, sobretudo dos tucanos, que, nos bastidores, já trabalham para articular uma estratégia a fim de colar a imagem da sigla a do comunicador, em uma espécie de ‘acordão’ que começa em 2020, mas tem como meta as eleições de 2022.
Os pássaros, literalmente, saíram do ninho e partem para o escambo.
Até ontem apenas voavam e observavam o cenário do alto, agora colocam o bico nas eleições de João Pessoa porque os ventos estão tranquilos e favoráveis.
Querem apoiar Nilvan, para, em contrapartida, ter seu apoio no próximo pleito estadual tendo, inclusive, o atual prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD) como candidato ao Governo do Estado e, quiçá, o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), na vice.
Na chapa, a vaga para o Senado, novamente, caberia ao senador Zé Maranhão (MDB), que disputaria a reeleição. Para o ex-senador Cássio, recairia a vaga do filho, Pedro Cunha Lima (PSDB), na Câmara Federal. O grupo pensa alto. Quer garantir João Pessoa e Campina Grande nesta eleição, e conquistar o governo do Estado no próximo pleito.
Ruy, que abocanhou quase 60 mil votos no pleito da Capital, ocupando a terceira colocação entre os mais votados já teria o aval dos Cunha Lima para dar andamento a estratégia. Vai usar seu espólio como moeda de troca para convencer Nilvan a mergulhar nesse xadrez político e encerrar o jogo eleitoral, dia 29 de novembro, com um xeque mate.
Se a articulação prosperará, não se sabe. O que se sabe é que no xadrez, a jogada do adversário nunca deve ser subestimada.