O deputado federal Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, presidente do partido Solidariedade e seu genro, o advogado Cristiano Vilela Pinho, se tornaram réus por corrupção e lavagem de dinheiro. O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) aceitou a denúncia na quinta-feira (29).
O deputado foi acusado de receber pagamentos não contabilizados durante campanhas para a Câmara dos Deputados em 2010, e à Prefeitura de São Paulo, entre 2012 e 2013, somando cerca de R$ 1,7 milhão. Na decisão do TRE, o juiz Marco Antônio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, manteve o bloqueio de contas bancárias e de bens do parlamentar.
De acordo com denúncia do Ministério Público, o parlamentar recebeu R$ 200 mil indevidamente durante campanha para a Câmara dos Deputados. O dinheiro teria ficado como caixa dois de campanha e não foram contabilizados na prestação de contas à Justiça Eleitoral.
Na disputa à Prefeitura de São Paulo, o candidato teria recebido R$ 1,5 milhão, que também não foram declarados.
Defesa
Em nota, a defesa do deputado afirma que “apresentará, no momento oportuno, os elementos necessários a demonstrar sua inocência quanto aos fatos apurados”. O texto afirma ainda que “causa perplexidade que a imprensa e setores do judiciário utilizem informações de uma delação sabidamente fraudulenta, que agoniza no STF”. O deputado “repudia a atuação da Lava Jato com viés político partidário, extrapolando os limites constitucionais, buscando unicamente dar protagonismo para seus atores”.