O padre Gilmar, o qual confessou que mentiu sobre ter sido sequestrado em João Pessoa, foi vítima de extorsão por situações que ocorreram antes da vinda do sacerdote à Paraíba. Ele é natural de São Paulo e, atualmente, administra a paróquia da Igreja Católica no bairro do Roger. José Gilmar foi encontrado em Tambaba, no município de Conde, Litoral Sul paraibano, no dia 16 de outubro. Ele havia sumido três dias antes, deixando um pedido de socorro por mensagem enviada ao celular de um colega, também padre.
O delegado Vitor Melo explicou ao ClickPB confirmou que o padre Gilmar foi vítima de extorsão e foi cobrada a ele a quantia de R$ 50 mil. O motivo da extorsão e ameaças ficarão sob sigilo e a investigação continua, ainda segundo informou o delegado.
Após apuração de informações ao longo dos últimos dias, a Polícia Civil convocou o padre Gilmar para um novo depoimento na última sexta-feira (23). Durante quatro horas ele contou tudo o que realmente aconteceu e afirmou que partiu em direção a Tambaba para cometer suicídio no mar, mas não conseguiu. Teria ficado dois dias dentro do próprio carro pensando no que faria sobre a pressão dos criminosos que o extorquiram. Ele havia descartado a hipótese de pegar dinheiro da paróquia para pagar aos autores da extorsão.
Por causa do falso sequestro, que mobilizou a Segurança Pública, o padre foi autuado por falsa comunicação de crime, que implica em pena de 1 a 6 meses de prisão. Mas o sacerdote deve apenas assinar Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), conforme explicou o delegado Vitor Melo ao ClickPB.