”Isso é só um artifício para tentar desacreditar nossa campanha, mas não altera nada”. Essas foram as palavras de Anísio Maia, candidato a prefeito de João Pessoa pelo PT, sobre a decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, que permitiu a intervenção nacional no diretório municipal do partido.
A decisão derrubou a liminar que havia suspendido a intervenção e retirado Giucélia Figueiredo da presidência do partido em João Pessoa. O juiz eleitoral Fábio Leandro de Alencar Cunha considerou a intervenção ilegal e abusiva, mas Fachin entendeu que a instância não tinha competência para tal julgamento, que pode ser feito apenas pelo TSE.
Com isso, Giucélia Figueiredo foi mais uma vez destituída e o interventor Cícero Legal assume o partido novamente na Capital paraibana. Nada disso, porém, atrapalha a campanha de Anísio Maia, de acordo com o próprio candidato. ”O diretório, a essa altura, não tem mais poder de interferir na nossa campanha”, disse Anísio ao ClickPB.
Ele afirmou ainda que os membros destituídos do diretório municipal devem recorrer da decisão. ”Toda decisão que houver, nós vamos recorrer, não vamos deixar passar em branco. E vamos ganhar, como sempre vem acontecendo”, declarou.
A intervenção nacional no diretório municipal do PT ocorreu após a direção do partido em João Pessoa desobedecer a orientação nacional de retirar a candidatura de Anísio Maia e apoiar Ricardo Coutinho (PSB). A então presidente municipal do partido, Giucélia Figueiredo, afirmou que Anísio Maia foi escolhido na convenção de forma legítima, inclusive com o aval do diretório nacional do partido, que só depois mudou de ideia.