A farmacêutica brasileira União Química, anunciou nessa sexta-feira (23), que fechou acordo para produzir a Sputnik V, vacina russa contra a covid-19.
O laboratório ainda precisa de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas já anunciou que a produção deve começar na segunda quinzena de novembro.
A farmacêutica disse que assinou acordo de confidencialidade com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), por isso, não pode dar detalhes técnicos da parceria.
“Nós temos o contrato para sermos o produtor para o Brasil e para toda a América Latina. É evidente que, para isso acontecer, vai depender da Anvisa autorizar e validar todo o processo e conceder o registro da vacina.” disse Fernando Castro Marques, presidente da União Química à TV Globo.
Em entrevista à CNN Brasil, a farmacêutica afirmou que já recebeu parte dos insumos para produção do imunizante. De acordo com diretor de negócios internacionais da União Química, Rogério Rosso, o material faz parte de 1 lote piloto, que será usado para pesquisa e desenvolvimento.
“Após isso, teremos os moldes de vetor, estudos clínicos e vamos pedir os registros necessários”, explicou Natasha Kuniechick, coordenadora biotecnologia Grupo União Química.
A Sputnik V está sendo desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, de Moscou. Aprovada na Rússia em 11 de agosto, se tornou a 1ª vacina a ter o aval para ser produzida e aplicada em massa. Na época, a atitude do governo de Vladimir Putin foi criticada por cientistas pela falta de estudos publicados sobre os testes.
A Rússia fechou acordo com o governo do Paraná para testar e produzir a vacina no Brasil. O governo da Bahia também firmou parceria para a realização da fase 3 de testes do imunizante.