O Brasil, Estados Unidos e outros 30 países assinaram um acordo internacional em defesa da vida, da saúde das mulheres, do fortalecimento da família e da soberania de cada nação na política global.
O documento, chamado de Declaração de Genebra, foi assinado nesta quinta-feira (22/10) em Washington, nos EUA. Egito, Hungria, Indonésia e Uganda comandaram a formulação do acordo.
Conforme informou o Brasil Sem Medo, representando o Brasil, estavam presentes a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
O ministro das Relações Exteriores afirmou que o Brasil assume o “mais alto compromisso de promover a saúde e assegurar o bem estar das mulheres” e defende “a centralidade da família como unidade fundamental da sociedade”.
“Rejeitamos categoricamente o aborto como método de planejamento familiar, assim como toda e qualquer iniciativa em favor de um direito internacional ao aborto, ou que insinue esse direito, ainda que veladamente”, disse o chanceler brasileiro.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, esteve ao vivo no evento, que ocorreu por videoconferência, e comentou a importância do acordo para o combate ao assassinato de bebês no mundo.
“É a primeira vez que uma coalizão multilateral foi construída em torno do tema da defesa da vida”, afirmou Pompeo. “Juntos, representamos todas as maiores religiões do mundo. É um grupo de países que respeita a vida, e os Estados Unidos estão orgulhosos de estar entre eles”, disse Pompeo.
O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Alex Azar, criticou a agência da ONU e as nações desenvolvidas por financiarem ostensivamente o assassinato de bebês pelo mundo.
“Com frequência cada vez maior, algumas nações ricas e agências da ONU ligadas a elas estão equivocadamente pregando o aborto como um direito humano universal. Esses esforços pressionam países a instituírem leis a favor do aborto ou se arriscarem a perder investimentos ou status em fóruns internacionais”, disse Azar.
“Tragicamente, mulheres ao redor do mundo sofrem problemas de saúde – às vezes, problemas fatais –, enquanto várias nações ricas e instituições internacionais colocam um enfoque míope em uma agenda radical que é ofensiva para muitas culturas”, completou o secretário de Saúde.