A polícia da França prendeu entre a noite desta sexta-feira (16) e a madrugada deste sábado (17) mais cinco suspeitos de participação no assassinato de um professor que mostrou caricaturas de Maomé a seus alunos. Assim, o número de detidos pelo crime subiu para nove. O homem apontado como o responsável por decapitar a vítima foi morto pela polícia.
Entre os novos presos estão dois pais de alunos do instituto onde o professor trabalhava. De acordo com a investigação, eles discutiram com o educador por causa da caricatura de Maomé exibida em sala de aula.
Também foram presas três pessoas próximas ao agressor e quatro familiares dele, incluindo um menor de idade.
O caso aconteceu na sexta, por volta das 17h locais (12h de Brasília), perto da escola onde o professor lecionava em Conflans-Sainte-Honorine, uma pequena cidade 35 mil habitantes a 50 quilômetros de Paris.
Segundo fontes da polícia francesa, o homem que cometeu o crime era um russo de origem chechena de 18 anos. Os agentes afirmam que tentaram prendê-lo após o ataque, mas ele estava agressivo e, por isso, foi necessário abrir fogo e matá-lo.
‘Terrorista’
O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou o local da ocorrência e a considerou um atentado terrorista islamista.
“Um de nossos compatriotas foi assassinado porque ele ensinava seus alunos sobre liberdade expressão, liberdade de crer ou de não crer”, afirmou Macron. “Não é por acaso que foi um professor que esse terrorista matou. Porque ele queria matar a república nos seus valores, as luzes, a possibilidade de fazer nossas crianças cidadãs livres.”
A Procuradoria Nacional Antiterrorista da França abriu uma investigação por “assassinato em conexão com uma empreitada terrorista” e “associação criminosa terrorista”.