O CEO da Fórmula 1, Chase Carey, enviou uma carta ao governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), confirmando que finalizou um acordo com o consórcio Rio Motorsports, para a realização do Grande Prêmio do Brasil na capital do Rio de Janeiro.
No documento, de uma só página, em inglês, Carey diz que o anúncio será feito “assim que as licenças ambientais sejam emitidas pelas autoridades responsáveis”. O plano é que o autódromo fique em Deodoro, na Zona Oeste.
A CNN confirmou a autenticidade da carta. Procurado, o consórcio Riomotorsport disse ter tomado conhecimento da carta através da imprensa, e que aguarda a emissão da licença prévia para que o projeto possa continuar. O grupo disse ainda que não há qualquer pré-contrato com a Fórmula 1, apenas conversas.
O autódromo deve funcionar em um terreno doado pelo Exército, mas o projeto é contestado por ambientalistas, que defendem que o local, uma área de 160 hectares, parte da Floresta do Camboatá, seja transformado em área de proteção ambiental, por abrigar espécies em risco de extinção. Tramita na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj) um projeto do deputado Carlos Minc (PSB) que pretende anexar a área ao Parque Estadual do Gericinó-Mendanha. Ele entrou em pauta, recebeu emendas, e ainda não voltou a plenário.
O Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 foi realizado no Rio de Janeiro dez vezes. A última delas, em 1989, vencido pelo britânico Nigel Mansell, da Ferrari. As provas eram no Autódromo de Jacarepaguá, onde foi construído o Parque Olímpico da Barra da Tijuca para os jogos olímpicos de 2016. Desde então, a cidade não tem mais um autódromo.
São Paulo tem contrato para mais uma edição do GP Brasil de Fórmula 1, mas o Rio tem preferência na negociação com a Liberty Media, organizadora da categoria, até março de 2021.