Prestes a completar quatro anos, o acidente com o avião da Chapecoense ganhou um novo capítulo. A corte estadual da Flórida, nos Estados Unidos, homologou um pedido de indenização para famílias de 40 vítimas do acidente, ocorrido em 2016. O valor é de US$ 844 milhões (cerca de R$ 4,8 bilhões), além de juros. A decisão foi expedida no fim de agosto e divulgada nesta semana.
“Essa foi uma decisão extremamente importante, uma vitória inicial. Como as companhias não deram assistência, podemos, com essa sentença, ir atrás das empresas para buscar a indenização”, disse Marcel Camilo, advogado de nove famílias.
A decisão não faz com que haja pagamento imediato, mas o processo continua com um parecer inicial favorável, permitindo buscar indenização junto às seguradoras. Os alvos do processo são a corretora de seguros Aon, a Bisa e a Tokio Marine Kiln. A ação começou em novembro de 2018 e foi aceita pelo Justiça da Flórida porque a empresa da aeronave, LaMia, possui muitos negócios no país.
Ação no Brasil
Com isso, espera-se que a ação na Justiça do Brasil ganhe força. Existe uma CPI no Senado Federal para apurar as responsabilidades. O Ministério Público Federal (MPF) pediu indenização de US$ 300 milhões (quase R$ 1,7 bilhão) por danos morais e materiais.
A defesa das famílias argumenta que a apólice do seguro da aeronave era de US$ 300 milhões (R$ 1,24 bilhão) até 2015, e que o valor na época do acidente, de US$ 25 milhões (R$ 104 milhões), não condiz com a realidade, com o aumento de risco por transportar jogadores.
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