A Paraíba é o segundo maior produtor de abacaxi do Brasil, de acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (1º). O estado é responsável por 18,9% de toda a produção brasileira de abacaxi e em 2019 produziu 307,1 milhões de frutos, atrás apenas do Pará, que produziu 311,9 milhões.
Em comparação com a produção de 2018, quando foram produzidos 334,8 milhões de frutos no estado, houve uma queda de 8,3%.
Entre os municípios do estado, os principais produtores de abacaxi em 2019 foram Pedras de Fogo, responsável por 82,5 milhões de frutos; Itapororoca, 69 milhões; Araçagi, 48 milhões, Santa Rita, 24 milhões; e Lagoa de Dentro, 12,3 milhões.
Em 2019 o estado registrou ainda o maior valor obtido das lavouras de abacaxi no país, somando R$ 322,1 milhões. O estado do Pará, embora tenha produzido a maior quantidade, ficou em 2º lugar, com R$ 271,3 milhões. Já o total brasileiro foi de R$ 1,9 bilhão.
Lavouras temporárias e permanentes
O levantamento também mostrou que a área colhida na Paraíba, de lavouras temporárias e permanentes, teve uma redução de 45,2% em 20 anos, passando de 603,2 mil hectares (ha), no ano 2000, para 330,4 mil ha, em 2019.
Apesar da redução observada de forma geral nas lavouras do estado, algumas culturas tiveram resultado positivo em 2019, frente a 2018, na Paraíba, de acordo com a PAM. Entre as temporárias, o aumento mais expressivo foi constatado em relação ao cultivo do algodão herbáceo (em caroço), que teve alta de 101% na quantidade produzida, passando de 581 toneladas para 1,1 mil, nesse período. A área colhida também cresceu 91%, de 477 hectares para 911.
As plantações de melancia tiveram acréscimo de 23,7% na quantidade produzida, que passou de 4,6 mil toneladas para 5,7 mil, e de 14,2% na área colhida, que aumentou de 14,8 mil hectares para 15,3 mil. A produção de cebola também teve alta, de 14,7%, passando de 3,5 mil toneladas para 4 mil, com crescimento de 22,4% na área colhida.
Quanto às lavouras permanentes, as maiores reduções foram verificadas na cultura de mamão, com queda de 20,2% na produção, que passou de 28,4 mil toneladas para 22,6 mil, e de 9,8% na área colhida; na de pimenta-do-reino, com decréscimo de 10,5% na quantidade produzida, caindo de 57 toneladas para 51, e estabilidade na área; e na de maracujá, com diminuição de 5,5% no total de produtos, mas crescimento de 2,7% na área colhida.