Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, indicou no último sábado (26), a juíza Amy Coney Barrett, 48, para integrar a Suprema Corte após a morte Ruth Bader Ginsburg, no dia 18 deste mês aos 87 anos.
Segundo noticiou o jornal Direto da América, Barrett é, católica, casada e mãe de sete filhos — dois são adotados e um é portador de necessidades especiais.
Barrett está sendo vítima de cristofobia pela esquerda americana desde que seu nome foi cogitado para assumir a cadeira deixada vacante pelo falecimento de Ruth Bader Ginsburg. Sua fé cristã está sendo apontada como um problema para a agenda da esquerda radical americana, como a questão do aborto.
Um comitê do Senado ainda precisa aprovar a escolha do presidente. As audiências da sabatina de Barrett terão início em 12 de outubro no Senado americano. A expectativa do Partido Republicano é que a juíza seja confirmada até o fim do mês de outubro.
Se Barrett for confirmada, o Supremo contará com seis juízes conservadores entre seus nove magistrados.
Barrett foi apontada e confirmada em 2017 como juíza federal da Corte de Apelações do Sétimo Circuito (Illinois, Indiana e Wisconsin). A juíza é nascida no estado da Louisiana e é formada em Direito pela Notre Dame Law School.
Em cerimônia realizada na Casa Branca, Trump disse que a juíza vai dar orgulho ao país. A juíza agradeceu pela oportunidade e citou a importância de Ruth Ginsburg, considerada um dos símbolos do movimento feminista nos EUA.
“Eu entendo completamente que essa é uma decisão fundamental para o presidente. Caso seja escolhida, eu prometo fazer o meu melhor [no cargo]. Eu amo os EUA e a Constituição”, relatou.
Democratas foram contra indicação
Segundo o site Uol, os opositores democratas, liderados pelo candidato à Casa Branca, Joe Biden, exigiram que os republicanos não preenchessem a vaga na Suprema Corte —onde os membros são nomeados para toda a vida— até depois da eleição em 3 de novembro, quando será anunciado se Trump foi ou não reeleito para um segundo mandato.
“Considerando que esta aspirante à Suprema Corte poderia ocupar o cargo por 30 anos, é nada menos que ultrajante que eles queiram nomeá-la em menos de 30 dias”, ressaltou à CNN o senador Dick Durbin, uma alta figura democrata.
Apesar da pressão, os líderes da maioria republicana no Senado, encarregados de confirmar a designação dos juízes à Suprema Corte, disseram que planejam votar o caso antes das eleições ou, o mais tardar, antes da posse do novo presidente em janeiro. “Certamente faremos este ano”, disse o líder republicano do Senado, Mitch McConnell.