Após passar sete anos preso injustamente, Eridan Constantino, de 32 anos, encontra dificuldades em retomar a vida por causa do preconceito. Solto desde 31 de julho, ele já recorreu a amigos e a comerciantes do bairro onde mora, em João Pessoa, mas não consegue encontrar emprego.
O caso de Eridan ganhou destaque no dia da soltura, quando ele se reencontrou com a mãe após deixar o presídio PB1, na capital paraibana. Ele foi preso em 2011, acusado de latrocínio, mas em 2013 o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) o absolveu do crime e expediu um alvará de soltura em 2013, que não foi cumprido até este ano.
“Eu estou buscando, colocando currículo. Foi muito tempo perdido e muita gente tem preconceito de ex-presidiários”, disse.
Eridan tem ensino fundamental completo e, antes de ser preso, já havia trabalhado, inclusive de carteira assinada. “Já trabalhei de porteiro, zelador, serviços gerais”, conta.
“Ali é onde a gente aprende tanto coisas boas como ruins, mas graças a Deus [agora é] botar a minha mente para frente e voltar a trabalhar e tentar conseguir mudar essa história. O que eu mais peço a Deus é isso aí, voltar a trabalhar”, completa.