A estudante universitária presa em Campina Grande suspeita de participar de um esquema de venda de vagas em cursos de medicina teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias.
Ela seria liberada nesta segunda-feira (7), mas a direção do presídio feminino de Campina Grande recebeu a comunicação da prorrogação no sábado.
A prisão aconteceu durante a 2ª fase da Operação Asclépio, da Polícia Civil de Assis (SP), que buscou prender “pilotos” – pessoas que faziam as provas no lugar dos candidatos. A mulher de 23 anos é estudante de medicina e é suspeita de ter feito a prova no lugar de 15 pessoas. Segundo a polícia, o grupo cobrava até R$ 120 mil por vaga.
Conforme a polícia, a jovem é estudante em uma universidade particular de Campina Grande e confessou a participação contando detalhes da organização. Ela teria sido aprovada em sete, dos 15 vestibulares que fez se passando por outras pessoas.
A suspeita confessou participação no esquema e contou tudo o que sabia durante o depoimento na Central de Polícia de Campina Grande. Por isso, deve responder às acusações em liberdade, de acordo com o delegado Demétrius Patrício, que deu apoio à operação de São Paulo em Campina Grande.
Durante a segunda fase da Operação Asclépio, foram expedidos 22 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária em cidades de São Paulo, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Minas Gerais.
Durante as investigações, a polícia apurou que a fraude no vestibular consistiu na realização da prova por terceiras pessoas, que se identificaram como os verdadeiros candidatos, denominados pela quadrilha como “pilotos”.
Eles assinaram as listas de presença e as folhas de respostas, assim como tiveram coletadas suas impressões digitais e captadas suas imagens durante a realização da prova do vestibular. Com isso, os investigadores passaram a trabalhar para identificar os “pilotos”.