O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta terça-feira (1º) que o auxílio emergencial será prorrogado até o fim do ano, com mais quatro parcelas, no valor de R$ 300.
O anúncio foi feito após Bolsonaro se reunir no Palácio da Alvorada com líderes e presidentes de partidos do Centrão, e pouco depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB brasileiro recuou 9,7% no 2º trimestre, entrando em recessão técnica.
No fim de semana, o presidente sinalizou que iria prorrogar o auxílio até o final de 2020, mas não falou sobre valores.
Sobre o benefício, Bolsonaro disse que o governo “resolveu prorrogá-lo por medida provisória até o final do ano”. “O valor, como vínhamos dizendo, de R$ 600, é muito para quem paga, no caso, o Brasil. Podemos dizer que não é um valor suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende”, afirmou.
“O valor definido é um pouco superior a 50% do valor do salário mínimo, ou melhor, do Bolsa Família. Decidimos aqui, atendendo à economia e em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, anunciou Bolsonaro.
Ele lembrou que o benefício foi criado há cinco meses, vigorou por três meses e foi prorrogado por mais dois meses.
O senador Fernando Bezerra (MDB-PE) declarou que, com o anúncio da prorrogação do auxílio emergencial, “estamos concluindo o período de emergência, em que o Brasil teve que enfrentar os desdobramentos da pandemia” do novo coronavírus.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendia um valor próximo de R$ 200, enquanto Bolsonaro considerava o repasse baixo – além de considerar o patamar inicial do auxílio, de R$ 600, alto.
Reforma administrativa
Nesta manhã, Bolsonaro também anunciou que o governo vai encaminhar ao Congresso nesta quinta-feira (3) a reforma administrativa. “Ela não atingirá nenhum dos atuais servidores. Ela se aplicará apenas aos futuros servidores concursados.”
Guedes afirmou que a reforma administrativa é importante e “redefine toda a trajetória do serviço público para o futuro”.
O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) disse que a reforma “vai permitir meritocracia no serviço público, o que é fundamental”.