Cláudio Bomfim de Castro e Silva (PSC) é advogado e, aos 41 anos, foi o mais jovem vice-governador do Rio de Janeiro desde a redemocratização. É ele quem assume a chefia do Executivo fluminense após o afastamento de Wilson Witzel (PSC), em determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta sexta-feira (28).
Governador em exercício do Rio de Janeiro depois do pedido de afastamento de Witzel do cargo, Cláudio Castro tem perfil tido como “conciliador”.
Castro também foi um dos alvos da investigação de corrupção em contratos públicos do Executivo fluminense, na mesma operação autorizada pelo STJ em que Witzel foi afastado.
Segundo o site do governo fluminense, Cláudio Castro foi chefe de gabinete na Alerj por 12 anos — a mesma Alerj que abriu impeachment contra Witzel. A página também apresenta Castro como advogado, “músico, compositor e evangelizador”.
Ele nasceu em Santos (SP), mas foi morar no Rio ainda criança. Como braço direito de Witzel, esteve à frente do Detran e do DER (Departamento de Estradas e Rodagem). Durante a pandemia, coordenou o Mutirão Humanitário, que distribui cestas básicas e kits de limpeza em 13 cidades do Rio.
Em maio de 2019, Castro recebeu a medalha Pedro Ernesto, a mais alta honraria da Câmara de Vereadores carioca.
“O Claudio é mais habilidoso na política, ele é uma pessoa que articula mais. Só que quando você está ligado a um grupo, evidentemente, qualquer coisa que seja investigado nesse grupo acaba respingando [em todos integrantes do grupo]” […] o Claudio Castro consegue, sim, fazer uma articulação melhor, mas eu não sei onde vai chegar essa investigação, já que ele foi citado”, comentou o deputado federal Daniel Silveira no Boltim da Manhã desta sexta-feira.
Alan Lopes, ainda, completou no Boletim da Manhã: “Eu tenho minhas restrições ao Claudio Castro, porque ele foi chefe de gabinete, inclusive do deputado Márcio Pacheco, que é o terceiro na lista das ‘rachadinhas’. Então, isso me deixa apreensivo”.