O Bayern de Munique conquistou o título da Liga dos Campeões neste domingo (23), no estádio da Luz, em Lisboa (Portugal), após derrotar o PSG por 1 a 0. As expectativas neste jogo se concentravam no brasileiro Neymar e no polonês Lewandowski, principais candidatos a heróis. Porém, quem definiu o confronto a favor do time da Alemanha foi um jogador formado na equipe francesa, o atacante Coman.
Com a conquista deste domingo, em um grande jogo de bola, o Bayern alcança seu sexto título na principal competição de clubes do Velho Continente, após os triunfos nas temporadas 1973-1974, 1974-1975, 1975-1976, 2000-2001 e 2012-2013.
Primeiro tempo equilibrado
O Bayern começou a partida mantendo mais a posse de bola, pressionando a defesa do PSG. Mas a equipe francesa demonstrou que também queria a vitória, e também adiantou suas linhas para dificultar o jogo do time alemão.
Em um confronto que se mostrava tão parelho desde os primeiros minutos, as expectativas se concentravam nos jogadores que podiam desequilibrar, Lewandowski e Neymar.
E a primeira boa chance de Neymar surge aos 17 minutos, quando o brasileiro recebe do francês Mbappé e bate cruzado para defesa parcial de Neuer. A bola acaba sobrando com o camisa 10 do PSG, que tenta passe para o meio da área, mas o goleiro alemão volta a defender com os pés. Grande lance.
E o Bayern responde quatro minutos depois. O polonês Lewandowski recebe lançamento na área, domina com categoria, gira e finaliza para acertar a trave do gol defendido por Navas.
Aos 23 Neymar volta a criar nova chance, quando puxa contra-ataque e toca para Di Maria, que tabela com Herrera para depois finalizar por cima do gol do time alemão.
Com o passar do tempo o Bayern conseguiu se livrar da marcação sob pressão do PSG, e passou a dominar as ações e a criar boas chances de abrir o marcador. Uma delas vem aos 31, quando Lewandowski cabeceia com perigo de dentro da área, e obriga Navas a fazer difícil defesa.
O time francês passa a ter dificuldades de criar boas oportunidades, e passa a apelar para lançamentos longos, o que dificulta o trabalho de Neymar, Di Maria e Mbappé.
Mas o PSG consegue chegar com perigo aos 45 minutos, quando Alaba vacila na saída de bola, e Mbappé rouba a bola e tabela com Ander Herrera antes de finalizar, fraco, para defesa de Neuer.
Um minuto depois o Bayern pede pênalti, quando Coman cai na área em lance em que disputa a bola com Kehrer. Porém, o juiz fala que não é nada.
Final de um primeiro tempo muito movimentado e equilibrado, mas sem gols, com o Bayern tendo 62% de posse de bola e alcançando cinco finalizações, enquanto o time francês ficou apenas 32% do tempo com a bola, chutando a gol em seis oportunidades.
Lei do ex
A etapa final começa com o Bayern valorizando a posse de bola, enquanto o PSG fica mais na defesa aguardando uma oportunidade de partir em velocidade para o ataque.
E foi justamente após um contra-ataque do PSG que nasce o gol do Bayern de Munique. Aproveitando o espaço dado pela equipe francesa, o time da Alemanha puxa jogada rápida, que termina em cruzamento de Kimmich para Coman, que cabeceia colocado para vencer Navas aos 14 minutos.
A ironia deste gol é que o atacante francês Kingsley Coman foi formado justamente pelo PSG, sua primeira equipe profissional. É a lei do ex entrando em ação.
Três minutos depois o Bayern quase chega ao segundo, em jogada muito parecida, que culminou em nova cabeçada de Coman, mas desta vez o brasileiro Thiago Silva consegue afastar a bola.
Com desvantagem no marcador o time francês tem que se arriscar no ataque. E as chances começam a aparecer, primeiro com o brasileiro Marquinhos aos 24 minutos, que chuta para defesa de Neuer, e depois com Neymar, aos 28, com chute de fora da área que vai por cima do gol da equipe alemã.
Mas, com a vantagem no placar, o Bayern é eficiente e consegue controlar as ações até o apito final, confirmando a conquista de sua sexta Liga.