Receber a notícia que precisa fazer um transplante de coração não é fácil para ninguém. Agora, imagina saber disso aos 10 anos de idade… Isso aconteceu com o jovem José Anthony, 20 anos, que reside em Diamante. Em 2010, ainda criança, ele foi diagnosticado com uma doença chamada cardiomiopatia restritiva e teve que fazer a cirurgia.
O problema foi descoberto após ele sentir vários problemas respiratórios durante atividades mais simples, como jogar bola. “A falta de ar estava aumentando, e o peito crescendo. Então a gente resolveu levar ele para uma clínica particular; chegando lá, o médico fez o eletro e constatou que tinha o problema”, disse a mãe do rapaz.
De início, a então criança, que é natural de Curral Velho, foi levada a João Pessoa; depois, a um hospital em Brasília, onde ficou, ao todo, dois anos esperando para receber o órgão. Durante todo esse período, permaneceu com a mãe na unidade, e um certo dia, recebeu a notícia que o hospital havia conseguido um coração, de um rapaz que tinha morrido de traumatismo craniano no Rio de Janeiro.
Depois de todos os procedimentos, os médicos averiguaram o órgão e viram que era compatível com o dele, então, em 2012, fizeram o transplante. “Começou cerca de 16h e durou até 1h da madrugada. Passei 24 horas desacordado, e quando tornei, já estava cirurgiado”, disse Anthony.
A história do jovem virou notícia em todo o país, após ser reproduzida em uma reportagem da TV Bandeirantes.
Após passar todo o período de apreensão, feliz, ele voltou para casa e retornou à escola e a jogar bola, mas acabou descobrindo outra vocação com que se identificou muito: a música.
Em 2017, Anthony começou a cantar e se apresentar em pequenas rodas de amigos; e em 2018, deu início a apresentações em palcos, participando com outros nomes da música nordestina, como Roberto Vaneirão e Eduarda Brasil, vencedora da edição de 2018 do programa The Voice Kids, da Rede Globo.
Daí em diante, o rapaz não parou mais e passou a ser chamado quase todos os fins de semana para tocar em diversas cidades e localidades do Vale do Piancó. Antes da pandemia, ele chegava a fazer cerca de 15 apresentações por mês em casas de shows e áreas de lazer.
Em contato com a redação do Diamante Online, o diamantense afirmou que tem objetivos na carreira. “Desejo ser reconhecido no Brasil interio com minha música”, finalizou.