O culpado pelo gol do Goiás no empate por 1 a 1 com o Palmeiras, na noite deste sábado, não é nenhum jogador, e sim Vanderlei Luxemburgo. Isso foi o que disse o próprio treinador, na entrevista coletiva ao final da fraca atuação de sua equipe na arena.
O curioso é que o gol foi marcado em uma cobrança de falta direta do zagueiro Rafael Vaz. Antes de o árbitro autorizá-la, Luxemburgo, do outro lado do campo, pulava na área técnica, pedindo para que seus jogadores saltassem na batida, o que de fato ocorreu. O atleta do Goiás, porém, bateu por baixo da barreira.
– Eu pedi para os jogadores subirem na falta, porque ele bate muito bem na bola. Ele foi muito inteligente, bateu por baixo. Aí tem que dar mérito ao jogador. Aí você vai criticar o Weverton? A barreira? Não. Tem que criticar a mim – disse Luxemburgo.
Luxemburgo, porém, não eximiu seus jogadores de culpa pela atuação ruim contra um adversário que tinha 15 desfalques por conta da Covid-19. O treinador cobrou que o time, campeão paulista há uma semana diante do Corinthians, tenha outro comportamento no Campeonato Brasileiro.
– Jogamos uma partida bem abaixo do que estamos acostumados. A gente vem trabalhando, mas com pouco tempo, e fazendo mudanças para tentar achar o ideal, como achamos para o Campeonato Paulista. Mas no Brasileiro temos que evoluir, mudar a maneira de jogar, mudar o comportamento dentro de campo, porque é um campeonato diferente – analisou.
– Estamos em busca disso, o torcedor pode entender que estamos em busca do melhor. Com muito pouco tempo, na quarta-feira já temos jogo fora de casa. E temos que buscar o resultado, porque largamos ponto em casa. Então, temos que buscar ponto fora de casa.
Mais do que a próxima rodada
Na quarta-feira, o compromisso será contra o Athletico, em Curitiba. Mas, independentemente de quem fosse o rival, a exigência de Luxemburgo para a próxima partida seria a mesma. Segundo ele, o Palmeiras precisa render mais do que rendeu nos empates com Goiás e Fluminense.
– Não é nem questão do Athletico. Temos que encaixar o Campeonato Brasileiro dentro do nosso elenco, os jogadores entenderem qual é a proposta, o que queremos fazer. Precisamos melhorar o comprometimento, melhorar a intensidade de jogo, melhorar uma série de coisas. No Campeonato Brasileiro, tem que ter melhora. Eles sabem disso.
– Ou nós competimos em alto nível ou não vamos caminhar. Tem que ter uma maneira de se comportar. O cara tem que entrar ligado ao máximo. Até porque hoje você tem cinco substituições. Se morrer, você troca o jogador. Precisamos mudar a rotação da equipe, mudar a rotação para o Campeonato Brasileiro, para brigar por Libertadores e pelo título. Tem tempo para recuperar bem, mas depende só de nós.