Há 164 pesquisas de vacina em desenvolvimento no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Entre elas, 25 são testadas em humanos, sendo que apenas seis estão na terceira e última fase de ensaios. Quatro têm testes em andamento ou previstos no Brasil: a Coronavac (China), a vacina de Oxford (Reino Unido), a vacina da Pfizer/BioNTech (Estados Unidos/Alemanha) e a Sinopharm (China). Após a conclusão dessa etapa, as vacinas poderão ser licenciadas e, então, comercializadas.
Vacina de Oxford: desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. É composta por adenovírus, vírus que causa o resfriado comum, enfraquecido, e fragmentos do novo coronavírus, para estimular o corpo a produzir anticorpos. É uma tecnologia que nunca foi usada. Está sendo testada no Brasil em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia em 5 mil voluntários desde o dia 20 de junho. O laboratório Bio-Manguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz, produzirá a vacina no Brasil segundo acordo firmado pelo Ministério da Saúde. Caso seja aprovada, serão 30 milhões de doses entre dezembro e janeiro e 70 milhões no primeiro semestre de 2021.
Vacina russa: a Rússia anunciou no sábado (1º) que pretende realizar vacinação em massa contra a covid-19 em outubro deste ano. O imunizante, produzido pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, em Moscou, segue o mesmo princípio da vacina de Oxford (adenovírus e fragmentos do novo coronavírus). O governo russo entrou em contato com o governo do Paraná e com o Instituto Butantan para a venda a tecnologia, e ambos não descartaram a possibilidade de compra. A velocidade do desenvolvimento e a falta de transparência levaram à desconfiança em relação ao imunizante. O Reino Unido, os EUA e o Canadá acusaram a Rússia de ter usador hackers para tentar roubar pesquisas sobre a vacina contra a covid-19.
Moderna: a empresa foi oficialmente a primeira a realizar testes de uma vacina contra covid-19 em humanos e iniciou a terceira e última fase em 27 de julho nos Estados Unidos em 30 mil pessoas. Esta não está sendo testada no Brasil. Usa o mesmo princípio da vacina da Pfizer, de RNA mensageiro. O governo norte-americano, que apoia a pesquisa da farmacêutica com quase US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões), deve comprar 300 milhões de vacina em janeiro de 2021.